Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Toda semana ia à feira comprar os ingredientes da sua deliciosa feijoada.
Ele se fazia de sério, mas amava uma boa brincadeira; até acampamento na sala ele fez, só para agradar os netos.
Como médico extremamente humano, costumava ir a municípios do interior para atender sem cobrar pelas consultas.
Amava carnaval e viajar. Lutou para alcançar seus objetivos e conseguiu.
Seu perfume anunciava que a alegria chegava para ficar.
"Quero levar o meu canto amigo a qualquer amigo que precisar", ela era como a música: generosidade e alegria.
Sempre preocupado com o nosso bem-estar.
Um mineiro querido e muito amado, dedicado ao trabalho, à comunidade e, principalmente à família.
Com espírito agregador, fazia das partidas de xadrez e dominó oportunidades de encontro com filhos e netos.
Não podia ver a geladeira ou um armário meio vazio que logo ia ao supermercado. Gosta de fartura.
Hábil em atiçar a brasa da churrasqueira e dos afetos, homem que foi personagem real de sua própria história.
Padre, polaco de raça e de coração, acolhedor, amável, humilde e devoto da Virgem do Monte Serrat.
Entre o nascimento e a morte temos um curto espaço que é o presente. Para ele, foi uma dádiva.
Fiel amante da liberdade, era impossível detê-lo.
Acolhia em sua casa quem precisasse; além de alimentar, ensinava o ofício de pizzaiolo, abrindo portas para um futuro melhor.
Ele chegou ao céu, encontrou São Judas e gritou: Tico-tico!
Sua mesa era bem posta e a sobremesa crocante era uma especialidade de dar água na boca.
Não perdia uma festa! Sabia de cor o aniversário de todo mundo e já deixava a roupa especial separada na véspera.
Um coração generoso que ficava feliz em compartilhar bons momentos e boa comida com os seus.
Sempre sorridente e doceira de mão cheia, era dedicada tanto às pessoas quanto às flores e plantas.
A fé em Jesus Cristo foi seu maior legado de bondade.
Não existia comerciante melhor: os clientes faziam fila só para comprar com ele no Armazém Costa.
Sempre ensaiava uma dancinha quando um sertanejo tocava ao fundo.
Festiva, colorida e feliz, fazia da vida um carnaval. Era um paradoxo entre a delicadeza e a sede de viver.