1952 - 2020
Amolecia e já começava a rir quando ameaçavam fazer-lhe cócegas.
No testemunho da filha Queive, Eurico foi "um homem correto, fiel, amigo, sensível às necessidades das pessoas. Era de tudo um pouco... médico, enfermeiro, psicólogo, engenheiro, pedreiro, marceneiro, mecânico e, acima de tudo, era meu herói. Um pai amoroso, protetor, que nunca mediu esforços pra nos proporcionar o melhor, sempre disposto a nos ajudar e a orar conosco".
Dono das piadas repetidas mais legais do mundo, tinha a risada mais gostosa que já ouvi. Só ameaçar que faríamos cócegas, ele amolecia e morria de rir”, recorda a filha Queive, contando, ainda, que Eurico, nascido no Amazonas, também foi um avô ‘coruja’, que aproveitou muito os netos. “Brincou, passeou, viajou, comprou presentes, foi para os netos tão afetuoso e amigo como foi como pai, esposo e amigo. Ninguém irá esquecer dele. Por onde passou deixou sua marca”, diz Queive.
Tinha muito orgulho dos filhos. Por onde passava, Eurico falava dos feitos e conquistas deles, e como era feliz pela família que construiu. Na vida dos filhos esteve presente nos melhores e nos piores momentos. Como quando estava ao lado de Queive para informar à filha sobre o falecimento do neto Luan. “Ele me abraçou tão forte como se quisesse absorver pra ele a dor que eu estava sentindo”.
Eurico deixou um legado de amor, companheirismo, cumplicidade com a família. Seu exemplo será levando adiante, indicando caminhos aos filhos e netos.
Eurico nasceu em Maués (AM) e faleceu em Joinville (SC), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Eurico, Queive Cidral Muniz Borges. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Patrícia Coelho, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 23 de dezembro de 2022.