1980 - 2020
A caçula de cinco irmãos, que fazia dos sorrisos seu ofício.
“É como se a mão perdesse um dos dedos”, foi uma frase dita pelo seu irmão, que sempre foi seu companheiro nas aventuras da vida.
Dona de um sorriso de dar inveja a qualquer um, Fabi era concursada pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, e trabalhava como auxiliar de higiene bucal, uma servidora da saúde. Acompanhava de perto a mudança nos sorrisos que por ali passavam - retribuía dando o seu em troca.
Com os irmãos, cuidava da mãe e fazia disso o seu compromisso diário, pois para ela nunca foi um fardo. Morava no mesmo bairro e fazia questão de, diariamente, passar na padaria para levar um pão quentinho para a mãe.
Era necessário celebrar a vida e estar a serviço. Querida e admirada pelos colegas de trabalho, todos tinham Fabiana como um sinônimo de "prontidão para qualquer desafio".
Adorava estar com a família, para ela não tinha tempo ruim. Tudo era motivo para reunião, seja para preparar um churrasco ou mesmo comer a macarronada da mãe.
Viajante, adorava curtir as águas do Rio Quente e de Caldas Novas.
Ela esbanjava afeto de graça, perceptível no amor que tinha pelos cachorros: Fred e Algodão, e pelos passarinhos: Joaquim e Manu. Uma eterna defensora dos direitos dos animais - via neles a pureza e a doçura que guardava dentro de si.
Uma mulher de gosto eclético. Para a música então, nem se fala. Fazia de Deus seu refúgio para as batalhas diárias, por meio de hinos e orações, mas também sabia ser feliz com uma música romântica da Marrom, adorava ouvir “Coração de porcelana”.
Fazia questão de nunca tratar ninguém como um mero número. E no coração dos que cativou, jamais será considerada como tal.
Fabiana nasceu em Goiânia (GO) e faleceu em Goiânia (GO), aos 40 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo irmão de Fabiana, Carlos Laialla. Este texto foi apurado e escrito por Ygor Gonçalves, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de junho de 2020.