1934 - 2020
Aquele que sempre cuidou das crianças e sabia que o melhor remédio era um bom sorriso.
Não à toa Fabio escolheu a Medicina. Era pediatra e sua paixão estava nas pessoas. Cuidava não apenas dos pequenos, mas de todos que dele precisassem.
Levou a vida rodeado dos que amava: sua esposa Regina, com quem compartilhou cinquenta e cinco anos de uma linda união, as duas filhas, os nove netos e os dois bisnetos.
A partida, ainda muito dolorosa, evidenciou seu propósito de vida: fazer o bem. Essa bondade extravasava dele sem que pudesse notar. Como bom mineiro, era cerimonioso em um primeiro momento, mas depois se mostrava um falante e alegre contador de casos.
Tinha outra virtude incontestável: sua fisionomia sempre acolhedora era capaz de arrancar um sorriso do rosto de qualquer pessoa, não importava a situação.
Suas virtudes o fizeram uma pessoa querida não somente pela família, mas também pelos colegas de profissão, amigos, funcionários e pacientes. Esses, inclusive, não pouparam esforços para compor as centenas de homenagens feitas na sua partida. Apenas um gesto para se despedir desse ser humano tão iluminado.
Foi um eterno apaixonado... pelos animais, pelo time do coração (tricolor fervoroso que era, acompanhava todas as partidas de futebol) e por comemorações, especialmente dos seus próprios aniversários.
Partiu deixando um vazio, mas eternizado nas lembranças e no legado inquestionável de uma vida pautada pela solidariedade, ética e dignidade.
Fabio nasceu em Minas Gerais e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Fabio, Fernanda Freitas Machado. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Bruna Rodrigues Coppedé, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 8 de novembro de 2020.