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Fernando da Cunha Maia

1962 - 2020

Churrasco era com ele mesmo, sempre o último a ir embora.

Muito alegre e brincalhão, fazia rir as pessoas que encontrava em seu caminho — e quantos caminhos! Nani, apelido carinhoso dado pela família, era caminhoneiro de profissão.

Amava a vida e sabia aproveitá-la. Sendo o caçula de nove irmãos, não é à toa que gostasse de ter pessoas ao seu redor. Teve uma infância cheia de amor, sendo a diversão da família em todas as viagens.

Devoto à Deus, Nani viveu por sua fé e acompanhou a vinda de muitas pessoas para sua religião a partir de suas palavras de convicção: "Porque é Ele que está presente, Ele te ama". Existiu com os ensinamentos de Deus em todos os momentos, e até mesmo no hospital deu testemunho, com discursos que expressavam toda a sua crença, sempre disposto a ajudar a quem dele precisasse.

A família lembra com saudade dos momentos que viveu, seja pelas boas risadas que deram ao vê-lo não caber num colete salva-vidas, em um bote, já no mar; ou ao relembrar das festas, que eram tão amadas por ele.

Casado durante trinta e um anos, Nani deixa um legado para seus filhos e netas, demonstrando, além das palavras, como é viver uma vida com amor e com um sorriso no rosto.

Fernando nasceu em Petrópolis (RJ) e faleceu em Petrópolis (RJ), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Fernando, Nathalia Silva Maia. Este tributo foi apurado por Raíssa Trelha, editado por Laura Sudeliski Nagatuyio, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 1 de setembro de 2021.