INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Petrópolis (RJ)

Adolfo Martins Esteves, 64 anos

Veio do pai a inspiração para se tornar marceneiro. Gostou tanto, que chegou a abrir uma fábrica de móveis.

Celina Correa Ferreira, 66 anos

Viveu muitos milagres ao longo da vida: gerou sua filha, viu seu filho ser curado com orações e conquistou a sua casa.

Cláudio Zainotte Ferreira, 65 anos

Viveu intensamente, aproveitando cada presente da vida; só saía do prumo diante de algum tipo de injustiça.

Dalva Rodrigues de Oliveira Mölter, 72 anos

Mãe de oito filhos, adorava perguntar para onde todos da família estavam indo.

Dolores Esteves Monteiro, 92 anos

Sonhava em conhecer a Espanha, a terra de seus pais.

Elazir Gonçalves, 92 anos

Seus discursos nas festas de fim de ano inspiravam os sobrinhos, para quem também foi mãe.

Érica Feijó da Silva, 35 anos

Dona de um coração imenso, era a própria alegria de viver e amava a família incondicionalmente.

Fernando da Cunha Maia, 57 anos

Churrasco era com ele mesmo, sempre o último a ir embora.

Francisca das Chagas Correa, 84 anos

Orgulhosa por ser a única que sabia a receita de como fazer o melhor café do mundo.

Helcio Couto Gomes, 70 anos

Depois de aposentado, criou um Orquidário maravilhoso e sabia de cor o nome das espécies mais raras.

Israel do Amaral Vieira, 72 anos

Acreditava que o importante era ser autêntico, ser único.

João Carlos Pereira Caetano, 52 anos

Na parte da manhã, antes do trabalho, tinha sempre uma prosa com a irmã, para contar as novidades e sorrir bastante.

José Alfredo Barros Vogas, 67 anos

Um antiquário que colecionou joias raras em forma de familiares.

José Marcatto da Silva, 84 anos

Ele levava a vida com otimismo e fé. Era alegre, gostava de cozinhar, cultivar plantas e passar cafezinhos.

Laércio Antonio de Freitas, 59 anos

Inventava receitas criativas para agradar a família.

Lívia Garçoni Guimarães Machado, 58 anos

Amava curtir praia no verão e era pura alegria: suas gargalhadas e cantorias alegravam as festas em família.

Maria das Graças Marques Corrêa Ribeiro, 65 anos

Gracinha sempre separava para a filha uma peça especial da confecção.

Maria Lucia Fernandes Cabral, 85 anos

Mãe e avó, caseira e amiga, cuidou das flores do jardim com a mesma devoção que dedicou aos filhos e netos.

Maurício Roberto de Paula, 66 anos

Amava o mar, a praia era o seu lar. Gostava dos pássaros livres, assim como era o seu espírito.

Nilton de Oliveira Rios, 73 anos

Suas mãos habilidosas consertavam motores de caminhão e plantavam árvores frutíferas no quintal de casa.

Sandro Ribeiro Vianna, 46 anos

Um amigo muito especial que, assim como na vida, foi embora antes de terminar a festa.

Sheila Regina Barbosa Salviano, 59 anos

Uma mulher doce e carinhosa, dona do melhor abraço e sorriso.

Vera de Souza, 66 anos

Uma mulher tranquila e sempre disponível para quem precisasse de ajuda.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa