1973 - 2020
Dividia-se entre crises de riso e a preocupação com os outros.
Foi uma pessoa leve, que fazia graça dos problemas e das situações, conseguindo suavizar os momentos. Mas, que se preocupava sempre com todos e, por isso, fazia amizade muito fácil. Era simpática, solidária e sempre ajudava os amigos.
Casada com Sergio por quase 20 anos, tiveram uma filha chamada Gabriele, e como a Flávia amou essa menina, sua grande paixão.
Com frequência, a gestora de RH, tinha que viajar a trabalho e, sempre que podia, juntava a família para um churrasquinho, para ir ao cinema ou então na casa dos pais. Gostava de estar junto de todos.
Dessas reuniões em família, nasceram muitas histórias inesquecíveis e que viraram motivo de gozação, como: a da festa da Páscoa em que rolava com as crianças e por diversas vezes caía espalhafatosamente pelo chão; ou no hotel fazenda, quando ela montou no cavalo de um lado e logo caiu pelo outro, não conseguindo se levantar; na Disney, falava que não tinha medo de altura, mas quando estava no brinquedo ficava gritando que não sentia as pernas, apavorada; já em San Andrés foi agradecer o garçom e falou “obrigadá”, quase soletrando a palavra - virou motivo de zuação em muitas reuniões.
Nas horas vagas, as biografias também faziam companhia a ela, lia muito, principalmente histórias de mulheres fortes que marcaram o seu tempo ou os livros de Isabel Allende.
Ela amava a vida, era uma pessoa alegre e ria descontroladamente.
Sempre atenta, repudiava a maldade, a discriminação e o preconceito, era “sensivelmente humana e o sorriso era seu cartão de visita”, segundo sua irmã Fátima.
Flávia nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 46 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela irmã de Flávia, Fátima Rosane Castro De Carvalho. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Jéssica Avelar, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de junho de 2020.