Francisco das Chagas Sousa

1953 - 2020

Sua presença era um sopro de pura gentileza.

"Papai era um queridão!", diz a filha saudosa.

A lembrança carinhosa de Francisco traz consigo uma bruma de gentileza, que imprime nos dias uma textura amável e propõe um jeito manso de estar no mundo.

Um homem de boa prosa, que tinha também bons ouvidos para qualquer papo. Com um interesse genuíno pelas pessoas e pelo que tinham a dizer, seu coração generoso acolhia todas as conversas. Atento e zeloso, Francisco emprestava sua leveza a cada momento e a cada companhia.

Como ele vibrava com as corridas de Fórmula 1, às voltas com a sua própria alegria! Quando era dia de futebol e de churrasco, seu time era sempre o favorito do dono da casa, porque a felicidade de seu anfitrião era razão suficiente para Francisco torcer junto. Ele sabia que ganhar era bem menos importante do que partilhar motivos para comemorar — e então, viveu assim: colecionando memórias.