1952 - 2021
Sua casa estava sempre cheia, não só de pessoas, mas também de afeto, carinho e cuidado.
Era comum contemplar seu bisneto correndo, brincando e fazendo bagunça perto do avô: Pedrinho era o seu xodó. Todos os finais de semana os dois se encontravam, nem que fosse por pouco tempo.
Francisco era apaixonado pela sua família e todos tinham um cantinho especial em sua casa. A convivência entre eles envolvia festas de aniversários maravilhosas, com direito à presença de pessoas queridas. Foi avô de cinco netos, muitos sobrinhos-netos, um bisneto e, junto com Eliane, o seu amor, cuidava de todos com muito carinho. Conheceu a esposa quando tinha quatorze anos e, desde então, permaneceram juntos.
Trabalhou como mecânico durante a maior parte da sua vida e a oficina ficava em sua própria casa. Foi um ótimo profissional: descobria de tudo só de ouvir o barulho dos carros, além de gostar muito do que fazia.
Quando não estava trabalhando, Francisco podia ser visto, frequentemente, assistindo aos jogos do Flamengo. Também acompanhava todas as novelas, segundo Andreza, sua neta, ele: “Amava fofocar sobre novelas e do Big Brother conosco quando chegávamos lá”. A paixão pelas novelas incluía conversar com Eliane sobre os possíveis casais e cada um tinha sua preferência.
Francisco foi um homem brincalhão e tinha um jeito único e amável de conversar com todos. A sua humildade também chamava a atenção: ajudava as pessoas com tudo o que precisasse, incluindo acolhê-las em sua casa em momentos de necessidade.
Francisco nasceu em Ceará-Mirim (RN) e faleceu em Natal (RN), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Francisco, Andreza Fernandes. Este tributo foi apurado por Mariana Ferraz, editado por Mariana Ferraz, revisado por Magaly Alves da Silva Martins e moderado por Rayane Urani em 21 de dezembro de 2021.