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Francisco Moacir de Assis Farias

1947 - 2020

Pai de três filhas. Entrava tocando seu violão no quarto das meninas para acordá-las.

Nasceu em uma jangada, em Carauari, no interior do Amazonas.

O domingo era, para ele, o dia de reunir a família. Essa tradição, a de passar todos os domingos com a família, era para ele como um compromisso para se honrar.

Um marido maravilhoso, que sempre quis ser romântico com sua mulher, Sebastiana Correia, com quem foi casado por 50 anos. Era um cavalheiro e preferia se calar para a sua amada sempre ter a razão e também para evitar brigas. Um bom esposo, um bom pai e um bom filho. Um ser humano com grandes virtudes. Era um pai que fazia as coisas para o bem das filhas.

Era muito trabalhador, um homem muito honesto e divertido. Por conta de experiências da vida, sempre levava o dia a dia dele com muita diversão.

"Oh, peste! Que saudade da moléstia!", esta era sua frase marcante.

Francisco foi muito amado por todos que o conheciam e um homem de uma fé muito grande. Preocupava-se muito com sua afilhada Raissa Eme. Sempre foi muito amoroso com ela. Não se viam com muita frequência, mas ele sempre teve muito carinho por ela.

Era bem teimoso e falava o que vinha na cabeça, mas isso, não chegava nem aos pés das imensuráveis qualidades que Francisco tinha.

Francisco nasceu em Carauari (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela afilhada de Francisco, Raissa Eme Alencar Moura. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Nathalia Lima, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de agosto de 2020.