1947 - 2021
Além de criativo e visionário, Chico Senra era um colecionador de amigos.
O filho de Manoel e Efigênia era o terceiro de doze irmãos. Ainda criança, mudou-se com os pais e as irmãs mais velhas para Jataizinho, no interior do Paraná, e lá viveu até os 31 anos, quando foi para Londrina, onde iniciou suas atividades profissionais nos ramos de fotografia, filmagens e turismo.
Chico Senra é hoje uma referência na cidade nesses temas, pois em mais de quatro décadas de dedicação construiu um acervo histórico de incalculável valor.
Também dedicou parte da vida ao Rotaract e ao Rotary, onde exerceu as funções de presidente e governador, participando ativamente de diversas ações sociais.
Tinha paixão por viajar e se orgulhava de ter conhecido inúmeros países ao redor do mundo. Muitas dessas viagens foram acompanhando grupos, às vezes com centenas de amigos, tanto nos ares quanto nos mares.
Adorava futebol e, por isso, tinha uma lista grande de times do coração: Palmeiras, Cruzeiro, Botafogo e Londrina. Em seus últimos anos tornou-se fã de outro esporte: o UFC, o qual assistia madrugada adentro.
Era campeão nos jogos de baralho, para os quais tinha suas inconfundíveis brincadeiras: “Chico Senra compra”, “Chico Senra bate”. Aliás, brincar com os amigos e a família era algo que gostava muito. Quem nunca caiu em uma pegadinha dele ou não riu de suas piadas sem graça?!
Destacava-se pela generosidade, empreendedorismo, criatividade e inovação. Era um visionário, sempre à frente no tempo.
Pai de três meninas, Magálly, Francielly e Franciny, todas, em algum momento, trabalharam com ele. Ocasião em que aprenderam muito e estiveram bem próximas a ele.
Avô do Giovanni, seu neto era um grande orgulho. Um menino na família, pelo qual esperou por quase sete décadas.
Essas são algumas das qualidades e vivências do homem que deixa, como maior legado, sua bondade e alegria, virtudes amplamente conhecidas e compartilhadas por muitos que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com o grande Chico Senra.
Francisco nasceu em Miraí (MG) e faleceu em Londrina (PR), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Francisco, Magálly Costantin Senra. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 23 de fevereiro de 2021.