1940 - 2020
Buscar o jornal bem cedo era como um ritual sagrado. Pai, marido e vovô exemplar.
Genário foi para São Paulo com 4 anos de idade. Casou-se com Haidei e teve duas filhas: Valéria, a caçula; e Simone.
Trabalhou muitos anos como taxista e motorista. Estava aposentado.
Pessoa muito otimista, mesmo na dificuldade, quando passou por um câncer na próstata, jamais esmoreceu. E venceu! Anos depois, precisou passar por sessões de hemodiálise e passou. Sem desanimar!
Todos os dias, levantava bem cedo para buscar seu jornal. Isso era sagrado. "Lembro que uma vez, no litoral, ele foi a três bancas e não achou jornal. Aí saímos juntos. Depois de uma longa procura, encontramos. Ufa! Pensa no olhar de satisfação do meu paizinho! Felicidade impagável!", conta Valéria.
Foi avô de dois netos maravilhosos, que eram seu xodó: Gabriel e Nícolas, o caçulinha. Cópia do vovô.
Gostava muito de ler a Bíblia. O salmo 91 era seu predileto. Era sábio, tímido, tranquilo e observador. Amava a praia e caminhar.
Marido dedicado. Fazia tudo para a esposa.
Deus sabe de tudo. A dor é grande. A saudade... Em breve será sem tristeza.
"Fica em paz, minha estrelinha. Te amaremos eternamente."
Genário nasceu em Xique-Xique (BA) e faleceu em São Paulo (SP), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Noêmia Maués, a partir do testemunho enviado por filha Valéria Fernandes Paiva Antonio , em 22 de julho de 2020.