1940 - 2020
O retrato perfeito de um pai, avô e bisavô muito amado: seus cabelos branquinhos deixaram enormes saudades.
Genival tinha cabelos cor de neve, que iam muito bem com seu rosto de vovô orgulhoso. Era só falar dos netos e bisnetos que ele inteiro ficava iluminado: olhos, sorriso e madeixas.
Um paraibano alegre que morava em São Paulo e espalhava seu amor pela vida, por todos os cantos da cidade imensa. Genival conhecia um sem-fim de ruas, bairros e esquinas na capital: ele e São Paulo tinham a intimidade de velhos amigos com destinos afins.
Os filhos zelosos guardaram distância para protegê-lo e a saudade foi crescendo, esticando, dobrando de tamanho — agora ela não cabe nem no mundo. E parece que não vai embora tão cedo.
A ausência dói, mas tudo valeu a pena. Os momentos com o velhinho são memórias de amor puro, inabaláveis e imperecíveis. Genival foi descansar, mas deixou com os seus a certeza do benquerer.
Genival nasceu em Areias (PB) e faleceu em São Paulo (SP), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Genival, Janaína Belizário da Silva. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Thais Oliveira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de agosto de 2020.