1978 - 2021
Gostava de "brincar de ser DJ". Promovia baladas em casa, para alegria do filho e das sobrinhas.
Genivaldo era o seu nome de batismo e 'Gê' era o modo carinhoso pelo qual a esposa o chamava. Ele foi um homem tranquilo, trabalhador e de bem com a vida. Mantinha boa relação com todos ao seu redor, sempre dispondo-se a ajudar. Não era de falar muito, mas tinha sempre uma piada na ponta da língua para soltar na hora certa. Entretanto, "se alguma coisa o tirasse do sério, a aparência calma de Gê transformava-se. Em ocasiões assim, saísse de baixo!", comenta Rosilene, a esposa.
Ele e Rosilene eram primos, e por causa do grau de parentesco, enfrentaram críticas e preconceitos. Tiveram a perda de três bebês, no entanto, buscaram perseverar no sonho de serem pais, até que nasceu Arthur, o único filho do casal. A despeito da insegurança da esposa, durante a gestação de Arthur, Genivaldo atuou sempre positivo e confiante de que tudo daria certo no sonho abençoado do casal.
Genivaldo casou-se com Rosilene no dia 23 de dezembro de 2006, mas a conexão emocional entre os dois era bem mais antiga, remetendo à infância: "De tempos em tempos, ele e seus pais iam passar férias no Espírito Santo. O Gê e eu fomos pegos ainda crianças com um sentimento puro e que foi crescendo juntamente conosco. Na época das férias de dezembro, quando a 'primaiada' estava toda reunida, costumávamos brincar de Taco, Pique-esconde entre outras brincadeiras", relembra a esposa.
Gê descobriu a Tecnologia de Informática, identificou-se muito com esta área, buscou aprimorar-se e trabalhar na profissão.
Em seu tempo livre, gostava de jogar GTA e usar sua aparelhagem de DJ, momento em que ele fazia uma balada particular em casa, para ver a alegria de seu filho e das sobrinhas pequenas. Gostava de um bom pagode, tocava Cavaco e não dispensava uma cervejinha aos fins de semana.
Genivaldo deixa esposa, o filho Arthur, de 12 anos, e uma enorme saudade.
Genivaldo nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela esposa e prima de Genivaldo, Rosilene Aires Clemente. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira e Ana Helena Alves Franco, editado por Ricardo Henrique Ferreira, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 24 de setembro de 2021.