1938 - 2020
Valorizava a família e se orgulhava da educação que deu às três filhas.
Trabalhador, o borracheiro Geraldo (ou Kikiki, pois era gago) nunca levantava depois das sete da manhã.
Para a filha Marcela, ele foi “um homem perfeito”.
Sem estudos, o maior bem que deixou para as três filhas foi a oportunidade de estudar. “Sou, há trinta anos, professora universitária”, diz ela.
Ele amava a vida e sua família. Seu lema? “Honestidade acima de tudo!”.
Querido, doce e brincalhão, era fã de dominó, que jogava em suas horas vagas.
Em seus últimos anos, foi acometido pelo Alzheimer. Um belo dia, a filha mostrou-lhe um vídeo em que ele aparecia pescando: “Ele chorou e lembrou de um dia de pescaria do passado”, conta Marcela, já cheia de saudades.
Geraldo nasceu São João da Boa Vista (SP) e faleceu São Paulo (SP), aos 81 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Ticiana Werneck, em entrevista feita com filha Marcela de Oliveira Alves, em 23 de maio de 2020.