1966 - 2020
Apesar das adversidades, foi forte, resiliente, alegre e protetor.
Geraldo, mais conhecido como Bracinho ─ por ter perdido o braço direito ainda jovem ─, era cardíaco e hipertenso e, aos poucos, foi perdendo também a visão, mas ele nunca desistia do que queria. Por nada!
O homem forte protegia, com toda sua alma, a única filha, Celiane, e foi um marido dedicado e amoroso por mais de trinta anos. Os sobrinhos também eram bastante amados por ele.
Quando Bracinho saía na rua, era logo cumprimentado por todos ─ era querido, sempre muito simpático e prestativo.
Celiane conta que o pai amava pescar e que dividia seu coração de torcedor entre dois times: "Era flamenguista roxo e tricolor serrano e sonhava em ir ao Maracanã ver um jogo do Mengão".
Ele sempre foi um vencedor, mas não gostava de ficar sozinho no hospital e sempre voltava para casa após cada internação. A filha lamenta que dessa vez tenha sido diferente e conclui: "Deixou uma saudade eterna, um vazio que ninguém nunca vai preencher. Te amo eternamente, meu pai!"
Geraldo nasceu em Ecoporanga (ES) e faleceu em Serra (ES), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Geraldo, Celiane de Jesus Oliveira. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 19 de novembro de 2020.