1956 - 2020
Se fosse possível defini-lo em uma só palavra, seria "extraordinário". O que, no dicionário, quer dizer "fora do comum".
Geraldo era assim. Único, verdadeiro, bondoso e dono de um abraço pra lá de acolhedor. Tinha solidariedade correndo nas veias, ajudando quem quer que pedisse, sem questionar. A perda de Geraldo levou todos que o conheciam a derramar pelo menos uma lágrima e lembrar de uma boa história para contar sobre ele.
Mineiro de nascença e carioca de coração, flamenguista apaixonado. Adorava usar o bordão “veja bem!” no meio de uma conversa enérgica. Era movido pela família. Filho de Edson e Maria, dividiu a vida com a esposa Angela e cultivou o amor paternal com a filha Karinne. Era um irmão companheiro, um pai carinhoso e um tio adorado. Apesar da filha única, era também pai de muitos sobrinhos.
A caminhada de Geraldo foi especial. Trabalhou pelo Brasil todo e aprendeu, com a jornada, a tornar-se um grande homem. Nesse caminho, teve a sorte de compartilhar a vida com muitos amigos. Era um verdadeiro amigo para todas as horas e todos os lugares.
No alto de seus quase um metro e noventa de altura, Geraldo era uma pessoa marcante. Não apenas pela presença física, mas pelo carinho que emanava dele. Geraldo foi descansar ao lado de Dona Maria, deixando um legado de amor, honestidade e esperança. A perda de um homem fora do comum é sempre motivo para chorar, mas também para lembrar. “Vai com Deus, extraordinário”, deseja a sobrinha Julia.
Geraldo nasceu em Caratinga (MG) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Geraldo, Julia Mariano Gaigher. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Mariana Couto, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 14 de agosto de 2020.