1961 - 2020
Tinha sempre uma boa história para contar. Era umbandista e chamava todos de "irmão de fé".
"Ele foi o mais amigo, o mais cúmplice e o melhor companheiro que eu poderia ter. Com seus olhos verdes e cabelos grisalhos, era o homem mais charmoso do mundo! E foi o amor da minha vida", são as palavras de sua companheira Maria Cláudia, com quem viveu por seis anos.
Gildo era umbandista e estava sempre disposto a ajudar o próximo. Praticava a caridade sempre. Mesmo não tendo para ele, ainda assim, dividia com os outros. Honrava sua palavra e seus amigos.
Adorava dormir, mas quando tinha compromisso, acordava bem cedo. Outra paixão era comer macarrão com biscoito de água e sal e uma cervejinha gelada.
Maria Cláudia conta que quando perdeu seu pai, teve que consolar Gildo, pois "ele chorava muito pelo pai que não era dele, mas que ele amava como tal".
Era também um excelente cozinheiro.
"Eu o amava muito, o meu Ogro favorito. Éramos amigos e confidentes. Deixou um legado de fé para todos nós", diz Maria Cláudia.
Gildo nasceu no Recife (PE) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela companheira de Gildo, Maria Cláudia Nunes dos Santos. Este tributo foi apurado por Lila Gmeiner, editado por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 16 de dezembro de 2020.