1958 - 2020
Como um amazonense de fé, amava um peixe assado. Matrinxã e tambaqui eram seus preferidos.
'Gil' era como seus familiares e pessoas mais próximas o chamavam. Alegre e brincalhão com todos, adorava uma história engraçada e sempre se divertia quando elas aconteciam com os seus amigos e família. Amava as músicas de Pet Shop Boys e A-Ha e divertia-se que "era uma beleza" ouvindo cada canção.
Tinha a mania de colocar apelidos carinhosos para os filhos: Anny, a quem chamava de “Jenifer”; Emerson, a quem apelidou de “Metorzinho” e Leandro, que chamava de “Tombirio”. Ninguém entendia tais nomes, mas aceitavam como parte de seu afeto e implicância. Tinha ainda mais duas filhas: Maria Luiza e Maria Eduarda, as "Marias", como ele as chamava. Tinha o grande sonho de ver os filhos formados na faculdade e, por inspiração paterna, viu sua filha Anny seguir a carreira no curso de administração por sua causa.
Ensinou que dignidade, caráter e honestidade eram a base de um ser humano íntegro e assim queria que seus filhos fossem. Era o homem para quem você podia contar todos os seus planos e sonhos; ele mostrava seu apoio e motivação para que tudo fosse um sucesso. E do contrário, “Se não deu certo, bola para frente!”, dizia.
Torcedor fiel do Flamengo, defendeu o time com unhas e dentes, e "ai de quem o contrariasse". Era muito querido no seu setor, um funcionário público aposentado exemplar, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Sempre comprometido com seus afazeres na instituição.
Gil construiu memórias únicas ao lado da família e amigos, deixando sua marca em cada um que teve a oportunidade de conviver e amar seu jeito de viver a vida.
Gilmar nasceu em Manaus (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 61 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Gilmar, Anny Bernardo. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ana Beatriz Fonseca, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 13 de setembro de 2020.