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Gleberson Domingos Nascimento

1984 - 2021

As refeições que ele preparava para sua família não eram apenas deliciosas... eram uma declaração de afeto e cuidado.

Filho de mãe solo, pela qual nutria um orgulho imenso, Gleberson aprendeu desde muito jovem a ter responsabilidade. Amava a família e era um esposo apaixonado. Para ele, nada era mais importante que a felicidade dos filhos Cecilya, Myzael, Henry e Benício. Era daquele tipo de pai participativo em todos os momentos, seja na vida escolar, nas consultas médicas, nos passeios ou nas brincadeiras do dia a dia. Ele dizia incessantemente que estava em constante evolução para melhor!

Independentemente da função que exercia nos empregos que teve ao longo da vida, sempre se esforçava para ser excelente no que fazia. Fez de tudo um pouco para garantir o sustento de sua família, mas era em cima da moto que era mais feliz, pilotando de um lado ao outro da cidade. "Era um profissional exemplar e um amigo para todas as horas", conta a esposa Lorrayne.

Amava cozinhar e acreditava que a tarefa poderia ser considerada como um ato de amor e por isso estava constantemente na cozinha preparando alguma delícia para a família ─ era uma das formas de dizer que amava cada um deles.

Vibrava com a alma em todos os jogos do Flamengo, tinha orgulho de ser rubro-negro fanático desde criancinha. A despeito do resultado dos jogos, a camisa do Time era sua segunda pele.

"Gleberson era muito mais amado do que podia imaginar, deixou muita gente com o coração apertado de saudade. Foi o melhor pai e o melhor marido do mundo", finaliza Lorrayne.

Gleberson nasceu em Vitória (ES) e faleceu em Vila Velha (ES), aos 37 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Gleberson, Lorrayne Kizzy Soares Manente Nascimento. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Magaly Alves da Silva Martins e moderado por Ana Macarini em 14 de fevereiro de 2022.