Gustavo Lauria Badauy

1971 - 2021

O ato de sorrir era como um cartão de visitas, pois em seu rosto havia sempre espaço e tempo para encantar.

Não era necessário conhecer Gustavo para saber um pouco sobre ele. E nessa história, você vai compreender o porquê...

A razão para que isso possa ser considerado verdade está no sorriso de Gustavo. “Largo, lindo, cativante” desses que colocam a boca em formato de meia lua, acompanhado de olhares brilhantes e variados de acordo com o que pedisse a circunstância.

Para os que puderam conviver e desfrutar da presença de Gustavo um pouco mais de perto, para além do sorriso se revelava um homem carinhoso, íntegro e de “caráter incontestável” como descreve a prima Sônia. Por razões que só o coração de quem sente pode saber, ela falou pouco sobre o querido primo.

O curso de direito aconteceu na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Nos corredores, na sala de aula, nos trabalhos em grupo e de campo, ou nas confraternizações da turma o sorriso de Gustavo estava sem lá. Para os amigos que fez na PUC ficam lembranças dos bons momentos de convivência no espaço acadêmico, marcados pela alegria e privilégio de ter convivido com ele.

Nos últimos tempos, ele era advogado em Goiânia (GO). E certamente nos corredores dos fóruns e tribunais, muitos puderam ver e se encantar com o sorriso dele. É que como já dito, para Gustavo sempre era tempo de sorrir, inclusive na formalidade dos espaços judiciais e nas tantas audiências das quais participou.

No mundo do trabalho, ele também transitou pelos corredores e salas da sede do Sesi-Senai. E na formalidade dos trajes que a advocacia exige, sempre elegante e altivo, os colegas puderam saber da competência dele. Nos momentos de êxito ou simplesmente nos de descontração, como não poderia de ser, lá estava o belo sorriso de Gustavo.

Entre suas causas pessoais estava a indignação com maus tratos animais. Gustavo abominava situações em que qualquer animal fosse vítima de maus tratos e defendia que isso nunca deveria existir e precisava acabar. E quando acontecia, Gustavo não sorria.

Já no universo particular, Poliana foi a escolhida de Gustavo para conviver diariamente com aquele sorriso de boca inteira que deixavam aparentes os dentes esculpidos e perfeitamente encaixados. É bem possível que, antes de se enamorarem e se apaixonarem, o primeiro ato romântico de Gustavo tenha sido um belo sorriso. E assim, depois do primeiro, e envolvida em tantos outros, a relação dos dois foi ganhando ares e vontades de casamento. E nos momentos de acordar, passear, descansar, namorar, num bom dia ou na beira de uma piscina tomando sol, Gustavo sempre sorria.

Saudosa, Sônia frisa que “família era tudo para ele”. E foi nesse movimento que ela e outros familiares foram se encantando pela forma como Gustavo se dedicava a cada um conforme sua necessidade. Nos diversos momentos de encontro, a abertura para a convivência e o sorriso dele eram marcas registradas.

Admirador do rock, o ritmo fazia parte dos seus momentos de relaxamento. Ele era um admirador do baterista Tommy Aldridge que tocou com músicos e bandas tais como Whitesnake, Billy Idol, Foreigner, Sass Jordan e Ozzy Osbourne. Admirava também a banda Kiss e o cantor Jani Lane. Nos momentos em que ia a algum show, deixava a formalidade do terno no armário e se vestia com a informalidade que o ambiente exigia.

Numa prematura partida, após somente quase cinquenta anos de vida intensa, Gustavo colecionou muitos amigos. E na sua partida recebeu muitas homenagens. De membros da enorme família, dos amigos que cativou e também da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás. A nota da OAB-GO ressalta que “sempre cordial e profundo conhecedor do Direito, doutor Gustavo deixa uma legião de colegas e amigos que muito o admiram”.

Gustavo segue vivo, na lembrança de inumeráveis sorrisos marcantes e a vida dos que compartilharam com ele sua existência.