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Haroldo Horta

1934 - 2020

Foi um cronista apaixonado e grande defensor da sua muito amada Barra Mansa.

Haroldo era advogado, jornalista e um grande contador de histórias. Em Barra Mansa, cresceu, estudou, trabalhou, casou e educou os seus filhos. Amou e foi amado.

Foram 85 anos de uma profunda identificação com a sua terra natal. Era um participante ativo de entidades civis, clubes sociais e filantrópicos. "Foi um defensor ferrenho da cidade e de sua história", descreve a filha Renata.

Conhecido por muitos de sua geração — e de tantas outras — adorava caminhar pelo centro da cidade, tomar um cafezinho no "Café Favorito" e conversar com os muitos amigos.

Haroldo também era cronista eventual nos jornais locais, nos quais contava histórias da vida pública e da vida privada de alguns dos seus conterrâneos. Num determinado momento, decidiu que era hora de compilar suas crônicas em um livro. Renata diz que o pai chegou a editá-lo com a ajuda de amigos, mas não teve a oportunidade de vê-lo publicado.

"Ele era um marido apaixonado, pai dedicado, avô coruja, irmão, tio, cunhado, genro e sogro presente. Foi amigo, solidário e caridoso", conta ela.

As palavras de Renata, ao concluir a sua homenagem, definem a vida do pai: "Um jovem seresteiro e boêmio, um homem reto e trabalhador, um idoso cheio de projetos. Um idealista. Um barra-mansense".

Haroldo nasceu em Barra Mansa (RJ) e faleceu em Volta Redonda (RJ), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Haroldo, Renata Francisco Horta. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Júlia de Lima, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de setembro de 2020.