INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Volta Redonda (RJ)

Abimael Cavalcante da Cunha, 66 anos

Apaixonado por carros antigos, conduzia um fusca branco que ficou conhecido na cidade.

Adenilson Cordeiro Ferreira, 55 anos

Enquanto assobiava, consertava qualquer coisa, fazia artesanato e até começou a construir um barco.

Alaide Eunice Sinigalhe Coelho, 79 anos

Mesmo com a filha já adulta, não dormia enquanto não soubesse que ela havia chegado em casa.

Alexandre de Barros Souza, 39 anos

Foi o Doutor da Alegria, para crianças no hospital; e o homem do "sopão" para desabrigados, quando vinha o frio.

Antonio Maia Braz, 75 anos

Uma pessoa reservada, mas a quem todos recorriam para pedir conselhos. Amava a natureza e os passarinhos.

Carlos José de Mello, 59 anos

Amava fazer brincadeiras, era a sua forma de amar.

Eduardo Ermida Filho, 73 anos

Os natais não serão mais os mesmos sem o primoroso trabalho de Dadinho do Presépio.

Eduardo Marques de Lima, 41 anos

Com certeza vão se divertir com ele que já chegou "do outro lado" cantando: "Seu pretinho chegou!"

Gustavo Henrique Moreira Santini, 69 anos

Cuidava de todos como se fossem seus próprios filhos.

Haroldo Horta, 85 anos

Foi um cronista apaixonado e grande defensor da sua muito amada Barra Mansa.

Ivonir Eugênia Tramontin Baltazar, 86 anos

Amava ficar na sala ouvindo músicas religiosas e italianas.

José Bugalho Rodrigues, 79 anos

Recordava sua terra nos banhos gelados que tomava, recitando os nomes de todos afluentes do Rio Amazonas.

José de Almeida Junior, 77 anos

Fazia questão de acertar cada centavo do troco de doces e verduras que ganhava na rua.

Laís Souza da Silva, 31 anos

Dizia que "Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender a dançar na chuva".

Luiz Aurélio de Souza, 61 anos

Motociclista com um sorriso que iluminava tudo e todos a sua volta.

Luiz Pedro Gaione, 69 anos

Brincalhão ao extremo, apelidava e fazia graça com todos. Havia até quem cortasse caminho pra não ser zoado por ele.

Maria dos Reis Gomes, 84 anos

Zelava pela mesa farta, cercada por toda família.

Mário Sakae Uchikado, 63 anos

Fez da sua casa um salão que acolhia a maior parte das reuniões festivas.

Moacir dos Santos, 81 anos

Costumava questionar "tem algum docinho aí?" e era sempre prestativo com todos. Estas foram suas grandes marcas.

Nilza Maria da Silva, 45 anos

Amorosa e sorridente, era apaixonada por cães.

Paulo Cesar da Silva, 57 anos

Fazia questão de tomar o café da tarde todos os dias com a filha.

Paulo Martins de Lima, 76 anos

Boêmio da zona sul do Rio, demonstrava seu amor fazendo visitas inesperadas, ligações ou envios de SMS.

Raimundo da Cunha, 57 anos

Só dirigia mexendo no bigode.

Raimundo Laesse Almeida, 49 anos

A qualquer favor que pedissem respondia "Deixe comigo, deixe comigo", e todos sabiam que ele faria o impossível para cumprir.

Raquel dos Santos Oliveira, 56 anos

Como forma de demonstrar carinho à família, se aventurava na cozinha preparando receitas diferentes.

Rita de Cassia Lima, 55 anos

Seu gosto por roupas com estampas desconexas foi a alegria dela que a vida inteira sorriu, amou e aconchegou.

Rodrigo Rosa Vicente, 40 anos

Seu propósito era visibilizar os catadores de recicláveis como pessoas fundamentais na preservação do meio ambiente.

Ronei Rodrigues Sant Ana, 41 anos

Um carreteiro que cortava as estradas do Brasil com o sorriso mais lindo que sua esposa já viu.

Sebastião Soares Filho, 73 anos

Maritaca, amigo guerreiro, sempre com um sorriso largo no rosto.

Tânia Maria de Carvalho Souza, 57 anos

Sempre com um sorriso, alegre e prestativa, cuidava de todos como se fossem seus filhos.

Viviane Peixoto Curi Moreira, 43 anos

Sempre com um sorriso no rosto, viveu intensamente, como se cada dia fosse o último.

Waldyr de Almeida Bittencourt, 87 anos

Todo dia lia o jornal para manter-se atualizado e rezava o terço.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa