Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Apaixonado por carros antigos, conduzia um fusca branco que ficou conhecido na cidade.
Enquanto assobiava, consertava qualquer coisa, fazia artesanato e até começou a construir um barco.
Mesmo com a filha já adulta, não dormia enquanto não soubesse que ela havia chegado em casa.
Foi o Doutor da Alegria, para crianças no hospital; e o homem do "sopão" para desabrigados, quando vinha o frio.
Uma pessoa reservada, mas a quem todos recorriam para pedir conselhos. Amava a natureza e os passarinhos.
Amava fazer brincadeiras, era a sua forma de amar.
Os natais não serão mais os mesmos sem o primoroso trabalho de Dadinho do Presépio.
Com certeza vão se divertir com ele que já chegou "do outro lado" cantando: "Seu pretinho chegou!"
Cuidava de todos como se fossem seus próprios filhos.
Foi um cronista apaixonado e grande defensor da sua muito amada Barra Mansa.
Amava ficar na sala ouvindo músicas religiosas e italianas.
Recordava sua terra nos banhos gelados que tomava, recitando os nomes de todos afluentes do Rio Amazonas.
Fazia questão de acertar cada centavo do troco de doces e verduras que ganhava na rua.
Dizia que "Viver não é esperar a tempestade passar. É aprender a dançar na chuva".
Motociclista com um sorriso que iluminava tudo e todos a sua volta.
Brincalhão ao extremo, apelidava e fazia graça com todos. Havia até quem cortasse caminho pra não ser zoado por ele.
Zelava pela mesa farta, cercada por toda família.
Fez da sua casa um salão que acolhia a maior parte das reuniões festivas.
Costumava questionar "tem algum docinho aí?" e era sempre prestativo com todos. Estas foram suas grandes marcas.
Amorosa e sorridente, era apaixonada por cães.
Fazia questão de tomar o café da tarde todos os dias com a filha.
Boêmio da zona sul do Rio, demonstrava seu amor fazendo visitas inesperadas, ligações ou envios de SMS.
Só dirigia mexendo no bigode.
A qualquer favor que pedissem respondia "Deixe comigo, deixe comigo", e todos sabiam que ele faria o impossível para cumprir.
Como forma de demonstrar carinho à família, se aventurava na cozinha preparando receitas diferentes.
Seu gosto por roupas com estampas desconexas foi a alegria dela que a vida inteira sorriu, amou e aconchegou.
Seu propósito era visibilizar os catadores de recicláveis como pessoas fundamentais na preservação do meio ambiente.
Um carreteiro que cortava as estradas do Brasil com o sorriso mais lindo que sua esposa já viu.
Maritaca, amigo guerreiro, sempre com um sorriso largo no rosto.
Sempre com um sorriso, alegre e prestativa, cuidava de todos como se fossem seus filhos.
Sempre com um sorriso no rosto, viveu intensamente, como se cada dia fosse o último.
Todo dia lia o jornal para manter-se atualizado e rezava o terço.