1970 - 2020
Flamenguista roxo, com uma risada escandalosamente marcante e um bom humor nato.
A paixão de Hélio pelo Flamengo era tanta que a sobrinha Ana Vitória quis sentir aquele amor também. Tornou-se flamenguista por causa do tio.
Ele era intenso e, além da torcida pelo rubro-negro, sua risada escandalosa era sempre notada onde quer que ele estivesse. É que ele era um homem tão divertido e brincalhão que o riso não cabia dentro de um sorriso contido, silencioso... Tornava-se um som alegre, alto e marcante, próprio de quem tem a alegria como dom.
Entre suas brincadeiras, tinha a mania de chamar todos de chifrudo. Ele começou com isso depois de ver a novela Avenida Brasil e a história de Tufão, traído pela esposa com o próprio cunhado. Daí em diante, não importava se a pessoa tivesse sido de fato "chifrada"; pra ele, era chifrudo.
Ganhava a vida como entregador. Nas horas vagas, assava carne, apreciava um bom vinho e, principalmente, assistia aos jogos do mengão.
Foi pai de duas Anas: Ana Beatriz e Ana Lúcia.
Outra Ana, a Ana Vitória, sua sobrinha, conta que além do bom humor, o amor e a solidariedade transbordavam em Tete. Ajudava quem quer que precisasse.
O tio é inesquecível para ela e para quem ouviu sua risada, que continua a ecoar na Terra.
Hélio nasceu em Anápolis (GO) e faleceu em Anápolis (GO), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela sobrinha de Hélio, Ana Vitoria de Jesus. Este texto foi apurado e escrito por Talita Camargos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 7 de dezembro de 2020.