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Idelson Costa Cordeiro

1945 - 2020

O abraço forte, o sorriso cativante e o enorme coração são marcas que nunca serão apagadas das memórias dos seus.

Sabe aquele abraço que nos transmite segurança?

"Essa sempre foi a sensação que experimentava cada vez que encontrava com meu cunhado Idelson. Mesmo nos momentos mais difíceis, Idelson tinha sempre uma palavra de ânimo e de força para dizer a mim ou a quem dele se aproximasse", afirma a cunhada Elaine.

O baiano, que viveu até os 7 anos na cidade baiana de Campo Formoso, não conheceu o pai, que faleceu antes de dona Adélia ter dado à luz Idelson.

A pequena família ─ mãe e filho ─ mudou-se para São Caetano do Sul, cidade do ABC paulista e a mãe montou ali uma pequena pensão. Foi ali também que dona Adélia conheceu o Sr. Raul, com quem se casou e teve mais dois filhos, Reinaldo e Gilberto.

A esposa de Gilberto, Elaine, conta que "desde cedo, Idelson era notado por sua inteligência e dedicação aos estudos". Ele concluiu parte de sua formação no Colégio Eduardo Prado e, quando estava com 17 anos, dona Adélia faleceu e ele então desdobrou-se para cuidar dos irmãos juntamente com o padrasto, sem deixar de lado os estudos.

Formado em Engenharia pela USP-São Carlos, foi o grande incentivador e mentor dos estudos de seus irmãos, cuidando e orientando para que concluíssem seus cursos: Reinaldo é formado em Contabilidade e Gilberto em Medicina.

Casou-se com a “Dona Maria”, como carinhosamente chamava sua esposa Maria Aparecida, com quem teve Ana Claudia, Ligia, Itamar e Henrique, que lhes deram os netos Antonio, Maria, Arthur e Manoela. E foi com seu grande coração que cumpriu sua missão para criá-los e educá-los desenvolvendo em cada um mais que cidadãos, pessoas do bem e voltados para o amor ao próximo.

"É fácil perceber que ele cumpriu bem sua missão de pai e avô: Cada um de seus filhos e netos carregam em si suas melhores qualidades", diz a cunhada Elaine.

Mudou-se para Ribeirão Preto onde se tornou empresário e Consultor do setor de automotivo. Expandindo depois suas empresas por outras cidades da região. Muito querido por seus colaboradores, funcionários e fornecedores, deixou em todos a saudade do Grande Idelson.

Em 2020, completaria 75 anos no dia 31 de julho, porém quis Deus que ele nos deixasse na véspera, no dia 30 de julho, após ser vencido pela Covid-19.

"Registro aqui minha gratidão ao meu cunhado Idelson que sempre me acolheu com carinho e respeito e foi, sem dúvida, meu porto seguro diante das tempestades da vida. Saudades eternas. Sei que, no Outro Plano, ele segue sempre sorrindo para cada um de nós", despede-se Elaine.

Idelson nasceu em Campo Formoso (BA) e faleceu em Ribeirão Preto (SP), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela cunhada de Idelson, Elaine Cristina Pereira. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 24 de janeiro de 2021.