1978 - 2021
Anfitrião dedicado, gostava de mesa farta, com um bom churrasco e alegria transbordante.
Conhecido pelo sobrenome da família, Abreu era alguém de presença marcante e riso contagiante. Sua habilidade com os números o levou a escolher as ciências contábeis como profissão. Era responsável, organizado e amigo dos clientes.
Foi afilhado e compadre querido da irmã Ivete. Na adolescência eram confidentes, companheiros e parceiros inseparáveis das lambadas da vida. Quando criança era zeloso com tudo que lhe pertencia e assim continuou na fase adulta.
Certa vez, em um passeio de família, Abreu se perdeu e reapareceu em um carro de polícia. Eufórico, dizia que não queria ser preso, mas tinha sido apenas um descuido de criança. Ah, como todos ficaram felizes por vê-lo bem!
Dono de uma incrível habilidade com as palavras, gostava de confraternizar e evangelizar sutilmente, sem que ninguém percebesse. Como diz na música do Nelson Gonçalves: "Naquela mesa ele sentava sempre [...] ele juntava gente e contava contente o que fez de manhã e nos seus olhos eram tanto brilho..." Adorava fazer churrasco e reunir a família, os amigos e os amigos dos amigos, que aos poucos se tornavam mais próximos. Todos saíam encantados com seu sorriso largo, abraço farto e acolhida calorosa.
Abreu foi um filho cuidadoso, um irmão companheiro, um marido e pai amoroso. O lugar do anfitrião na mesa das confraternizações hoje está vazio, mas a mesa está farta, comportando a saudade e a gratidão por ter dividido a mesma vida com ele. No plano terrestre restam os ensinamentos, as boas lembranças e a esperança que um dia haja um reencontro no plano celeste.
Idvaldo nasceu em Oiapoque (AP) e faleceu em Belém (PA), aos 43 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela irmã de Idvaldo, Ivete Conceição Lopes de Abreu. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Leiana Isis de Oliveira, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 16 de maio de 2021.