1962 - 2020
Ele tinha um carinho latente pelo bem-estar de toda gente. A honestidade o acompanhava por todo canto.
Era médico intensivista e cardiologista. Estava sempre estudando.
Por respeito e amor aos animais, optou por alimentação vegana desde sua infância.
A esposa Ana Paula, sua alma gêmea, o pequeno João Marcelo, seu filho e a medicina eram suas paixões na vida. Gostava de ficar com a família e de cuidar das plantas. Ele plantava amor!
Era aquela pessoa que tinha como missão ajudar mesmo ao seu próximo. Estava sempre disposto a cuidar para que todos estivessem bem e, para tanto, fazia tudo o que estivesse ao seu alcance. Não tinha desculpas e nem tempo ruim. Ele sempre estaria ali para ajudar. Isso fazia dele uma pessoa querida por todos.
Foi, carinhosamente, homenageado por colegas de profissão, pacientes e amigos. Um herói que enfrentou a pandemia e salvou muitas vidas!
Quando sua sogra estava no leito de morte, ele pediu à Ana Paula para que os deixasse a sós, pois queria falar com ela. Curiosa, Ana ficou escondida para saber do que se tratava. Ela então o viu pegar a mão de sua mãe e falar que iria casar-se com Ana, cuidar dela e que iria fazê-la a mulher mais feliz desse mundo.
“E assim o fez”, completa Ana Paula.
Enquanto se dirigiam ao hospital, Irapuan segurou a mão de Ana e disse o quanto a amava. “Também amo você”, respondeu ela prontamente. Foi a última declaração de amor.
Irapuan nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Irapuan, Ana Paula. Este texto foi apurado e escrito por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 7 de junho de 2020.