1959 - 2020
Não mediu esforços para dar o melhor aos filhos.
Ianne, filha de Ítalo, escreveu a seguinte homenagem ao pai:
"Painho, como fui ensinada desde criança a carinhosamente chamá-lo, foi a pessoa mais batalhadora e determinada que eu já conheci. Mesmo com uma infância difícil, trabalhando desde cedo na roça, depois como mototaxista e dono de lanchonete, não mediu esforços para dar a nós, filhos, a melhor educação e as melhores oportunidades para andarmos com nossas próprias pernas.
Sofreu muito quando jovem, e sempre dizia que não queria que os filhos sofressem também. Apesar de ser muito rabugento às vezes, sua grande característica era levar alegria por meio de seu jeito engraçado e divertido. Era teimoso demais também, principalmente quando se tratava dos cuidados com a sua saúde.
Ajudou tantas pessoas e de tantas formas! Conquistou muitos amigos. Gostava muito de rir, de jogar baralho e apostar no jogo do bicho. Achava significado em tudo que sonhava durante o sono, para depois fazer aquela apostinha diária.
Painho soube dar amor. Amou muito seus filhos, seus netos e sua esposa até o último dia de vida. Ah, que pena desses netos que não terão a presença do vovô Ítalo para mimá-los e diverti-los! Viveu sem vaidade nenhuma e partiu da mesma forma.
Siga seu caminho em paz, meu pai, até que um dia seja permitido o nosso reencontro. Aqui nos resta uma saudade sem tamanho, mas também corações cheios de gratidão por tudo que fez por nós. Te amaremos para sempre!"
Ítalo nasceu em Iguatu (CE) e faleceu em Juazeiro do Norte (CE), aos 61 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Ítalo, Ianne Bezerra Lopes. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Joaci Pereira Furtado, revisado por Joaci Pereira Furtado e moderado por Rayane Urani em 20 de agosto de 2020.