1967 - 2020
"Bibi, cheguei Bibi!", dizia sempre para a filha ao chegar em casa.
Ivan foi uma pessoa alegre, extrovertida, que fazia todos a sua volta felizes, não permitindo a chegada a tristeza. Dono de uma personalidade admirável, humano, com seus defeitos e erros, sempre estava disposto a pedir desculpas, característica que sempre encheu sua filha de orgulho.
Sabrina ou "Bibi", a quem Ivan chamava carinhosamente, tem muitas razões para sentir saudades de seu pai, incluindo as tantas lembranças de momentos que compartilharam. "Eu não sei como vai ser daqui pra frente, meu pai. Dói o peito saber que você não vai mais entrar pela porta da sala chamando: "Bibi, cheguei Bibi".
Apesar da saudade, Sabrina encontra conforto em saber que o pai agora pode finalmente viver a eternidade ao lado de sua mãe. "Diga para minha mãe que eu a amo e que nunca me esquecerei dela também. Agora vocês estão finalmente juntos, cuidando um do outro", diz Bibi.
O amor que une a família continuará sendo o combustível para que Sabrina siga em frente, orgulhosa de seu pai e cheia de gratidão. "Não se preocupe, meu pai, irei ficar bem, não vou estar sozinha. Sua promessa com mamãe foi cumprida, você a cumpriu".
Ivan foi para Bibi um pai maravilhoso, um pai verdadeiramente especial. Por isso e por muito mais, Sabrina sente-se agraciada pela oportunidade de ter vivido ao seu lado e por ter sido escolhida para ser sua filha.
"Nunca se esqueça que eu te amo, pai. Nunca se esqueça. Amo você demais",
Sua Bibi.
Ivan nasceu em Valparaíso (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Ivan, Sabrina Suelen da Silva. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Fernanda Queiroz Rivelli, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 17 de agosto de 2020.