1943 - 2020
Seu maior atributo era a fé, e assim educou os filhos. Até enquanto pedalava, ela rezava o terço.
O nome era Ivonete, mas todos a conheciam como Wanda, a amada Wandinha.
Alegre e sorridente, gostava de reunir a família em agradáveis almoços aos domingos em sua casa ─ a irmã Eliete e as sobrinhas Adriana e Valdeci não podiam faltar. Tomava sua cervejinha e depois ia se deitar... Gostava de cuidar dos filhos e das netas Letícia e Maria Eduarda. Abraçava os amigos dos filhos e das netas como e fossem seus familiares. Por isso, muitos a chamavam de "Tia Wanda" e outros de "mainha".
Sempre foi crente no poder de Deus em sua vida e na vida de sua família. Educou os filhos Maria Goretti e Ricardo na fé, ensinando a eles os princípios de uma vida pautada na esperança, na justiça e na caridade.
Seus mais de trinta anos dedicados ao serviço, primeiro na cozinha e depois na lavanderia da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, na Bahia, tornaram-na conhecida. Era muito querida pelos colegas de trabalho. Era feliz e grata por todos os benefícios que o Senhor sempre fez em seu favor.
Já aposentada, dedicou-se ao serviço de casa e da igreja. Não perdia nada: missas, procissões, novenas... Participava de tudo com muito fervor.
Ela pedalava, todos os dias, sua bicicleta ergométrica enquanto rezava o terço de Nossa Senhora e da Misericórdia ou assistia à missa. Fiel devota do Sagrado Coração de Jesus, fazia parte do Apostolado da Oração e era devota de Nossa Senhora. Vivia rezando por todos e, às tardes, saía para visitar pessoas enfermas. Ao visitá-las, rezava com elas, limpava suas casas, lavava pratos e roupas. Era também muito querida na Paróquia São Judas e admirada na rua onde morava.
"Sentiremos muito a sua falta, mas o que nos consola é a certeza de que ela está ao lado do seu amado Jesus. Vamos amá-la para sempre, até o nosso reencontro na pátria celeste", diz a filha Maria Goretti. "Foi muito amada e amou demais! Somos gratos a Deus pela mãe, avó, tia, irmã e amiga que Wandinha sempre foi", finaliza.
Ivonete nasceu em Itabuna (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 76 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Ivonete, Maria Goretti dos Santos Silva. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Ticiana Werneck, revisado por Lígia Franzin e moderado por Phydia de Athayde em 1 de fevereiro de 2021.