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Jeferson da Silva Rezende

1981 - 2020

Trabalho, trabalho, trabalho... não tinha preguiça e corria atrás.

Trabalhou desde os 13 anos para ajudar os pais. Começou em uma marcenaria perto da sua casa e aos 30 anos já era Farmacêutico, realizando assim, um dos seus sonhos. Formado, prestou concurso para trabalhar na prefeitura de Belford Roxo na área. Determinado que era, conseguiu!

Marceneiro, despachante e Farmacêutico... tantos talentos. Mas todas essas profissões ainda não eram suficientes para ele, seus sonhos não paravam por aí, ele queria mais. Agora estudava para ser policial civil.

Podemos dizer que suas paixões eram a sua família e “trabalhar”. Queria dar tudo para a esposa Priscila e o filho Artur de nove anos, que ele tanto amava. Também adorava ouvir música alta no seu terraço, viajar com eles e fazer churrasco.

Era uma pessoa que estava sempre disponível para ajudar... era querido por todos que conviviam com ele.

“Quando éramos crianças, fugíamos do castigo para soltar pipa”, diz Renata. Provavelmente ele se imaginava lá em cima naquela pipa, e de lá ele avistava no horizonte o quão longe poderia chegar com seus sonhos.

Mas, infelizmente, sua trajetória foi interrompida e o que ficou foi saudades e dor. Ainda é difícil acreditar que esse vírus o levou tão cedo.

Jeferson nasceu em Belford Roxo (RJ) e faleceu em Belford Roxo (RJ), aos 38 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelas irmãs de Jeferson, Rosangela e Renata. Este tributo foi apurado por Samara Lopes, editado por Alessandra Capella Dias, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de julho de 2020.