1971 - 2020
O sub-tenente, ex-saxofonista, torcedor fanático do Clube do Remo e que adorava colocar apelidos nos outros.
Preto gostava de colocar apelidos nos outros. “Língua”, “Biata” e “Miflifli”, foram algumas alcunhas que familiares ganharam dele. Os homens ele chamava de “Tio Chico”, seu conhecido bordão.
Antes de se tornar policial militar, sub-tenente, foi músico saxofonista e fuzileiro naval. Não teve filhos de sangue, mas sim uma filha de coração. Adotou a sobrinha Bruna, e assim, ganhou duas netas: Sophia e Antonella, as quais adorava levar para passear.
Era torcedor fanático do Clube do Remo e um sócio ativo de sua torcida organizada, o Tauazulinos, um símbolo da cidade Santo Antonio do Tauá. E foi na praça do centro da cidade que Preto viveu uma das histórias mais engraçadas, e que sempre era lembrado por ela. Em uma noite de julho da década de 90, seu primeiro carro, um Chevette branco, foi o pivô de uma gafe. Estacionado no meio dessa praça lotada, na hora de voltar para casa, o carro não pegava. Com vergonha de empurrar, Preto e mais quatro sobrinhos se encostaram no carro e fizeram força para disfarçar que o empurravam. Mas a galera não perdoou e o quinteto levou a maior vaia. Passado o episódio, a certeza que fica é de que o paraense será lembrado por amigos e familiares com muito carinho e admiração.
João nasceu em Santo Antônio do Tauá (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido de João. Este texto foi apurado e escrito por Ticiana Werneck, revisado por Lígia Franzin e moderado por Ticiana Werneck em 5 de outubro de 2020.