1947 - 2020
Transbordando alegria, alto-astral e vontade de viver, adorava fazer aniversário e comemorar.
João era um cara alegre, comunicativo, que falava com todo mundo. Era puro e até ingênuo às vezes. Extremamente prestativo, era conhecido por onde passava pela simpatia. "Não conheço uma pessoa que não gostasse dele", afirma a filha Renata.
João nasceu em Salvador e foi para o Rio de Janeiro aos 6 anos.
Era apaixonado pela família, principalmente pelo neto Bruno e pela cachorrinha de Bruno, a Snow, que também considerava como neta e de quem cuidava todas as tardes. O vovô João levava Bruno para os cursos, para a psicóloga e para o que mais precisasse.
Saía de casa todos os dias, impreterivelmente, para esperar o neto chegar da escola, dar-lhe almoço e cuidar dele até a filha chegar do trabalho. Também fazia questão de levar a cachorrinha para passear.
Era ele quem fazia mercado e banco para a esposa e a filha. Adorava assistir aos jogos de futebol e torcia pelo Flamengo: futebol e Mengão eram seus assuntos prediletos.
João era muito engraçado, assustava-se à toa e ria dos próprios sustos. Parecia não envelhecer, pois tudo para ele estava bom, não se aborrecia com nada.
Tinha um combinado com a filha: "Iria viver até os 100 anos", mas, infelizmente, o combinado deles foi quebrado pelo novo coronavírus. "Ficamos completamente devastados com a sua partida", lamenta Renata.
Na juventude, ganhou dos vizinhos o apelido de "Silvio" e assim era chamado também o eletricista que trabalhou a maior parte da vida e se aposentou na Light.
João foi casado durante 49 anos com Eliane, teve os filhos Renata e Marcelo, os netos Bruno e Snow, a pet querida, e irmãos, entre eles a gêmea Nice.
"Vou morrer de saudades, mas tenho certeza que, de onde você estiver, estará olhando por nós. Minha mãe sempre disse que eu era apaixonada por você e ela está coberta de razão. Eu vou te amar pra sempre, pai", finaliza Renata com amor.
João nasceu em Salvador (BA) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de João, Renata de Souza Oliveira. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 29 de dezembro de 2020.