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Jonhston Amâncio Paiva Santos

1965 - 2020

Apaixonado pelo Esporte Clube Vitória, vivia fazendo hora extra nos trabalhos.

Baiano arretado como era, torcia para o Esporte Clube Vitória. O futebol, juntamente com as filhas, Ellen e Nicolle, eram os principais elos que uniam a família.

Começou a trabalhar em um estágio na Caixa Econômica Federal, depois se transformou em cobrador de ônibus e, posteriormente, em motorista de ônibus e de ambulâncias. Também era policial civil. Seu passatempo preferido era o trabalho. Vivia fazendo hora extra. Em todos os ofícios que exercia, tinha muitos amigos.

Muito querido por todos os familiares, amigos e colegas, Jonhston era solícito e gentil. Se alguém precisasse de algo e pudesse ajudar, lá estava ele, sempre a postos.

Era solidário e amava as pessoas com quem convivia. Certa vez, a família estava reunida em Salvador e era aniversário de sua caçula. Ele comprou todas as coisas necessárias e, junto com a família, fez uma festa surpresa para Nicolle. Foi emocionante.

Quando a mãe de sua madrinha teve câncer, Jonhston levava e buscava as duas do hospital durante todo o tratamento. Os cunhados viam nele um irmão. Era um bom pai, um bom funcionário, um bom amigo e uma boa pessoa.

Alegre, de fácil convívio, bom colega e amigo. Estava sempre sorrindo. Era agitado e sempre sorridente.

Antes de adoecer, em conversa com a madrinha, que pediu para que ele se cuidasse, Jonhston respondeu: "Fique tranquila, minha filha! Estou me cuidando! Cuide-se!"

A família e os amigos sentem saudade todos os dias. Do lado de lá, o homem de mil e uma ocupações finalmente pode descansar. Chega de hora extra!

Jonhston nasceu em Salvador (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela prima e madrinha de Jonhston, Rosania Borges Costa. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Bárbara Aparecida Alves Queiroz , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 27 de novembro de 2020.