1958 - 2020
Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda essa tristeza embora. Basta acreditar que um novo dia vai raiar.
Todos os dias Jorge perguntava à esposa, Elizabeth, se ela queria se casar com ele de novo. Gostava de chamá-la, com carinho, de “meu tudão”. Era um homem de sorriso cativante e que apreciava os prazeres simples do brasileiro: cerveja, churrasco e futebol (era louco pelo Flamengo).
Jorge era funcionário da companhia Nacional de Energia Nuclear, mas a grande paixão era a Marinha, onde chegou a ser tenente. Orgulhava-se de ter um filho que seguiu um caminho similar, tornando-se fuzileiro naval. Era essa a música que sempre cantava, e a que mais representa como ele era:
Erga essa cabeça
Mete o pé e vai na fé.
Manda essa tristeza embora
Basta acreditar que um novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar!
Jorge deixou a esposa, um filho e três enteados.
Jorge nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Jorge, Elizabeth Garcia da Silva. Este texto foi apurado e escrito por Martha Batalha, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 23 de julho de 2020.