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José Aparecido Linhares

1963 - 2020

"Não tem vida melhor do que essa"; esse era seu lema, a filosofia que inspirou seu jeito de ser.

Alguns o conheciam como José, outros como Linhares, mas para a maioria ele era o Cido. Para Cido, que era apaixonado pela vida simples, não tinha tempo ruim. Por mais simples que fosse, ele fez a vida da esposa e da filha as melhores possíveis. Também fazia de tudo pelos três netos, mas às vezes a família até confundia quem dos quatro era o mais criança ali.

Sempre alegre e brincalhão, vivia dando risada e fazendo toda a gente rir. Falava alto e tudo enrolado... às vezes ninguém entendia. Mas pra que entender? O sorriso dele já transmitia a mensagem. Mineiro, adorava queijo e pra ele tudo era “logo ali”. Apaixonado pelo Amado Batista, nem ligava quando davam risada do seu gosto musical e aumentava ainda mais o som. Quebrou algo? O Cido consertava o que fosse. Criava, inventava, mas sempre dava um jeito com a melhor gambiarra possível.

"O Cido que foi filho, marido, pai, vô, genro, tio, irmão, amigo (e muitas outras coisas), deixou um buraco no coração de cada um que o amava e hoje está fazendo muita falta. Queríamos que ele ainda estivesse aqui com a gente, mas o que nos conforta um pouco é saber que ele viveu intensamente e da melhor forma possível" são palavras da sobrinha Andressa que, como aprendiz do tio, reafirma o que ele sempre dizia: "não tem vida melhor do que essa."

José nasceu em Pará de Minas (MG) e faleceu em São Bernardo do Campo (SP), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.

História revisada por Irion Martins, a partir do testemunho enviado por sobrinha Andressa Cunha, em 13 de agosto de 2023.