1956 - 2021
Militou pela vida, pela educação e pela existência digna, fosse dos povos do Norte do Brasil ou das classes menos privilegiadas.
Cauby era pai de cinco filhos: Marx, Leila, Arielle, Eric e Ana Luisa. Foi casado por três vezes e Conceição, sua última esposa, foi mãe dos dois filhos mais novos.
Era irmão da Tania, da Sônia, do Paulo e da Norma; tio da Paola, da Aline, da Moema e do Allan. Era a alegria dos encontros familiares e das festas. Ele não apenas ensinava muito sobre vários assuntos, como também sempre ajudava as irmãs que moravam perto dele.
Foi professor de Ciências Políticas na UFPA desde 1984 e nela fez o seu mestrado. Sempre se dedicou ao ensino e aos estudos. Quando faleceu, estava no doutorado da Universidade de Brasília.
Sempre militou pela vida, pela educação e pela existência, fosse dos povos do Norte do Brasil ou das classes menos privilegiadas, bem como pela existência da Palestina, que se tornou seu objeto de estudo e sua luta de vida. Tornou-se muçulmano e sonhava em visitar o Oriente Médio.
José Cauby era amoroso, gentil, engraçado; gostava de ir ao cinema e de ler — gostava tanto que era capaz de passar horas em bibliotecas, sebos e livrarias.
Gostava de uma comida muito bem feita e tinha um fraco por doces. Porém, desde cedo teve diabetes e hipertensão, que culminaram, nos últimos anos, em um problema cardíaco. Durante a pandemia ele procurou se preservar e ficar em casa. Era a favor da vacina e contra o genocídio, tanto na Palestina como no Brasil.
Em seu último recado numa rede social estava confiante em que iria ser vacinado assim que saísse do hospital. Infelizmente, isso não chegou a acontecer.
José nasceu no Amapá (AP) e faleceu em Belém (PA), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de José, Moema Monteiro Batista. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 10 de novembro de 2022.