José Edvaldo da Silva

1955 - 2020

– "Eu não sou seu pariceiro! Cadê a bênção?", costumava dizer.

Alagoano do município de Água Branca, mudou-se ainda menino para Arapiraca junto com o pai e os irmãos. Na juventude, o desejo de estudar e trabalhar fez com que José migrasse para a famosa “Selva de Pedra”, São Paulo. Foi na cidade grande que ele deu início à carreira de radialista.

Em 1978, arrumou as malas e retornou às suas origens, em Alagoas, onde manteve sua dedicação com o rádio durante 42 anos. Exerceu a profissão com maestria na Rádio Novo Nordeste, Rádio Gazeta e, especialmente, na Rádio Sampaio, de Palmeira dos Índios; na qual teve o compromisso e prazer de apresentar todas às manhãs o Programa "Nosso Encontro".

Casou-se e teve três filhos: Iza, Ianna e Igor. Era capaz de abrir mão de bens para que os filhos estudassem e assim o fez. Viu os três filhos formados e, mais tarde, ganhou um neto, filho de Igor. Sempre que era possível, gostava de levá-los em um ponto tradicional de caldinho de feijão – era indispensável. Prezava pela família, seu bem maior.

Apaixonado por esporte, gostava do Vasco e vibrava pelo ASA – chegando a ser diretor do time. Era extremamente religioso, participava do ECC (Encontros de Casais com Cristo) há mais de dez anos. Adorava política e fazia questão de debater todos os assuntos. Conhecido no ramo da comunicação, era querido e preservava a honestidade entre os colegas de profissão.

De fisionomia séria, mas, no fundo, era engraçado. Um exímio contador de piadas. "Às vezes umas piadas até sem graça...", revelou Igor, seu filho caçula. Apreciava música, histórias; passava horas acompanhando palestras de padres. "Não teve uma mancha na vida de meu pai, foi o cara mais decente que eu já conheci", comentou.