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Jose Nazareno do Nascimento Lima

1974 - 2020

Com um humor ímpar, quando via que alguém estava capiongo, dizia: “Homi, deixe de muído!”

Seu nome é derivado da palavra Nazar, que significa “consagrado a Deus”, indica pessoa confiante e generosa, que tende a sofrer com problemas e aflições de pessoas próximas. É harmonioso, capaz de intermediar as mais difíceis situações. E, com esses significados, não teria um nome mais apropriado para ele.

Por ser o filho caçula, de uma família de nove irmãos, foi muito amado por todos eles e, principalmente pelos pais, Terezinha e Chico Vaz.

Homem forte, inteligente e muito determinado, sempre corria atrás dos seus objetivos, viveu a vida intensamente, conquistando muitas profissões, fazendo várias viagens e nutrindo muitos amores.

Um ser humano incrível, deixava rastros de amor por onde passava. Sua simplicidade e bom humor ficarão marcados na memória de que o conheceu.

Era grato a Deus em qualquer circunstância, tinha grande amor e carinho por cada membro da família. Ficava visivelmente feliz, e logo abria um grande sorriso quando recebia alguém em sua casa, sempre com uma mesa farta.

Desapegado das coisas materiais, viveu sua infância e parte da adolescência na cidade de Mãe do Rio, no interior do Pará. Sempre muito alegre, também costumava dizer algumas frases, como: “Esse cara é doido é!?” ou “É o que rapaz?!”

Adorava assistir a filmes, séries e desenhos animados, mas gostava ainda mais de estar reunido em família, se divertia como ninguém, especialmente no Natal, pois antecipava o seu aniversário. Nas festas em família, adorava ouvir o irmão Dinho tocar a música La Belle de Jour.

Estava vivendo um momento lindo da sua vida, com um coração contrito, cheio de planos e fazendo o que mais gostava, que era cultivar a terra; estava se sentindo realizado com sua esposa Socorro e sua filha de coração, Sâmela.

Nos últimos anos, reaproximou-se de seus dois filhos de sangue: Wagner Vitor e Wemerson Vitor e de seus três netos: Benjamin Asafe, Enzo Gabriel e Isaque. Passava por um momento mágico, vivenciando cada momento de avô; deixou também outros três filhos de coração: Benedita, Cristina e Francisco, que sentirão eternas saudades.

A família conta que: “agora, ficam as várias lembranças construídas ao longo de uma vida linda, intensa e feliz. Teremos sempre muitas histórias para contar e recordar e, na memória, guardaremos todas elas. Agora, ao lado de Deus, continuará sendo essa alma iluminada e continuará olhando por nós.
Acreditamos que ele está junto de nosso querido pai, Chico Vaz, e de nossos irmãos Zacarias, Reinaldo e Maria Cleide. Isso nos traz um pouco de consolo no meio dessa tragédia, sentiremos muitas saudades, mas o sentimento da sua presença será constante entre nós.”

Jose nasceu em Castanhal (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 45 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela família de Jose, Vaz. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Lucas Cardoso, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 23 de julho de 2020.