1942 - 2020
Numa bela sinfonia, forrozeou com sua luz e sorriso.
Zé Pinheiro era o primogênito de 14 irmãos, desde cedo soube o que era amar. Sempre ajudou os irmãos mais novos com o mais doce sorriso a espalhar, afinal era o mais velho.
A luz da sua bondade crescia com o tempo e ficou pequena para iluminar apenas os irmãos, passando a compartilhar o brilho também com os filhos, sobrinhos, netos e quem mais chegasse...
Diariamente, sentava-se em frente à televisão, pontualmente às 18h para rezar o terço. Era sagrado, todos os dias.
José era doido por uma festa, adorava e não perdia uma. Nos encontros da família, Zé era um dos dançarinos e iluminava todo o salão com sua luz e graça ao forrozear. E assim fez, ao longo de toda sua existência, “forrozeou” com vida, segundo a sobrinha Érica. “Tínhamos um nordestino forte numa bela sinfonia a dançar.”
Nos aniversários dos familiares, ligava com sua voz suave para dar a benção e não esquecia de perguntar: "Vai ter um bolinho?" O bolinho era para celebrar; a tacinha de vinho para brindar a vida; e uma lembrancinha também gostava de ganhar.
O brilho e a luz de Zé Pinheiro agora se transformaram em uma estrela, lá no céu, a iluminar seus familiares.
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Bom pai, simplicidade e um bom amigo.
"Todo santo dia ele sentava em frente à TV, às 18h, para rezar o terço dele. Todos os dias!
Ô saudades do meu pai, tínhamos tantos planos ainda", diz Breno, seu filho.
"Seguimos com nossas histórias, você pertence a elas, Zé Pinheiro. És eterno dentro delas. Te amamos!", complementa Marcos Antonio, também filho dele.
José nasceu em São José do Mipibu (RN) e faleceu em Sobral (CE), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha e pelos filhos de José, Érica Gilmara Silva, Breno e Marcos Antonio Sales da Silva. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Mateus Teixeira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 21 de julho de 2020.