1936 - 2020
Com uma risada marcante, ria até de si mesmo.
Ele era para todos o Zé.
"Meu pai era um ser iluminado. Um ser humano excepcional, brincalhão, que estava sempre alegre. Nunca se via meu pai triste.
Dono de uma gargalhada marcante! Para ele não tinha tempo ruim. Ria até mesmo em seus momentos difíceis! Foi o companheiro ideal para todas as horas para os filhos e os amigos." É como sua filha Sarah Maria define o pai.
Seu time do coração era o Payssandu, de Belém do Pará, o Papão da Curuzu. Ele não deixava de assistir a um jogo de jeito nenhum.
Aos seus 84 anos era muito forte. Totalmente independente. Fazia suas caminhadas matinais e conhecia todo mundo. Facilmente fazia amizade e dirigia por toda a cidade. "Sua independência era o seu maior orgulho", conta a filha.
Amanhecia já pensando aonde iria! Adorava ir ao mercado, à lotérica, e estava sempre sorrindo. Sua maior diversão era fazer churrasco e reunir todos os familiares ao seu redor no final de semana. Seu sonho sempre foi ver todos bem!
Era muito prestativo e adorava ajudar a todos. Tanto era verdade que seu carro era chamado de ambulância. Ajudava os outros com prazer.
"Meu pai foi um guerreiro. Muito mais que um pai, um amigo. A vida é muito frágil e, num piscar de olhos, ele se foi. Inexplicável. Se foi sem despedida, sem um último olhar, sem um último abraço. Foi tudo muito rápido. Mas ele nunca deixará nossos corações."
Deixou sua companheira, Maria Galdino, sete filhos, 26 netos, 15 bisnetos e duas enteadas. E um legado de honra.
"Agora, meu pai está no céu, ao lado do nosso criador. Obrigada, meu pai, por tudo que o senhor fez por todos nós. Nós te amamos", conclui Sarah Maria.
José nasceu em Óbidos (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de José, Sarah Maria Viana dos Santos. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Marilza Ribeiro, revisado por Otacílio Nunes e moderado por Rayane Urani em 19 de outubro de 2020.