1948 - 2020
Para ele, tudo estava sempre bom. E nunca deixava de fazer uma “fezinha” semanal.
José – curiosamente conhecido como Danilo – exerceu várias funções: foi porteiro, frentista de posto de gasolina, lanterninha de cinema. Trabalhou em mercado. Sem dúvida, não recusava trabalho.
Tudo estava sempre bom. Quando a aposentadoria chegou, organizava com frequência partidas de baralho com as irmãs, e passava longas e divertidas tardes. Sempre ao som de uma boa música.
Nunca deixava de fazer uma “fezinha” semanal.
Casou-se duas vezes: Nazaré e Maria José. Teve quatro filhos: Claudio, Damaris, David e Herisson.
A filha Damaris conta que era o xodó do pai. Tudo que ela fazia, o pai achava o máximo. Se ela resolvesse cantar, por exemplo, ele já a considerava a melhor cantora do mundo! Nunca faltou uma palavra de incentivo. “Acreditava mais em mim do que eu mesma”.
Ainda em casa, antes de ser hospitalizado, falou para a filha: “Sua mãe é muito boa para mim”.
José nasceu em São Luiz (MA) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de José, Damaris. Este texto foi apurado e escrito por Marcia Horacio Barbosa, revisado por Didi Ribeiro e moderado por Rayane Urani em 29 de maio de 2020.