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José Roberto Rosa

1951 - 2020

Era capaz de reconhecer o autor de qualquer música sucesso nos anos 70 e 80, por tanto amar as músicas daquele período.

José Roberto foi um homem forte, trabalhador, de humor marcante e muito inteligente. Também era conhecido por ser um grande jogador de futebol da região onde morava. Aliás, era apaixonado pelo Corinthians, não perdia um jogo do time.

Trabalhou como funcionário público e aposentou-se em 2018, passando a dividir o seu tempo com as pessoas que amava. Casado com a Maria José, tiveram quatro filhos: Renata, Marcelo, Márcio e Paulo Cezar. Renata conta que o pai sempre priorizou a família e que, quando alguém precisava dele, lá estava José, disposto a ajudar. “Ele sempre teve a melhor relação possível com os netos, incentivando que estudassem muito, fizessem curso ou faculdade e influenciando todos a serem corintianos, claro”, conta Renata. A filha também recorda: sempre que o pai a via, cantarolava "Ô Rezinha, tão bonitinha do pai". Ela se divertia com o carinho, por meio da cantoria, com que o pai lhe tratava.

José não sabia cozinhar, mas reconhecia de longe uma boa feijoada. Também era fã de produções audiovisuais e aproveitava o tempo livre para colocar em dia as séries e os filmes dos gêneros de ação, policial e bang-bang — os seus preferidos. Apelidado de “Tizil”, também tinha mania de colocar apelido nos amigos.

A boa memória de José Roberto impressionava. Apreciador de boa música, ele conseguia reconhecer qualquer cantor ou banda de músicas dos anos 70 e 80 — aliás, vivia se gabando de ter vivido nos melhores anos, segundo ele, da era musical. “Ele era bastante conhecido por dançar samba-rock, contava muitas histórias a respeito. Em 2012, ganhou de presente de aniversário um ingresso para ir no show de sua cantora favorita, a Dionne Warwick, e chorou ao escutá-la cantando a música 'I'll Never Love This Way Again'", relembra.

Com sua partida, José Roberto deixou a lembrança de quem teve uma caminhada "linda e elegante", como muitos disseram.

José nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de José, Renata dos Santos Rosa. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Gabriel Rodrigues, revisado por Débora Spanamberg Wink e moderado por Rayane Urani em 11 de janeiro de 2023.