1966 - 2020
Um flamenguista que não dispensava um bom churrasco e uma cerveja gelada, com a família.
A boa disposição e companheirismo não faltavam. Adorava dizer "eu te amo".
Tio Zelito era aquele que na infância da sobrinha Priscilla a aterrorizava cantando a música da "Nega do cabelo duro". Tinha um apelido para todo mundo.
Todo carnaval, viajava com sua família para casa da sobrinha, em Macaé. Era o primeiro a acordar para preparar o café da manhã da família. E o último a dormir para sacanear quem já tinha adormecido. Tinha sempre alguém que acordava pintado, sem sobrancelha ou até sem bigode. Ninguém escapava.
A boa disposição e companheirismo não faltavam.
Ele pedia à Priscilla, por áudio, para ir visitá-lo, pois se achava velho demais para viver tanto. Ela respondia para ele parar de bobagem. Mas por morar em Portugal, já não o via há 7 anos.
"Saudades eternas do querido tio Zelito!", declara a saudosa sobrinha.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela sobrinha de Joselito, Priscilla. Este tributo foi editado por Noêmia Maués e revisado por Didi Ribeiro.
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O pigarro era a sua marca registrada e sempre anunciava a sua chegada.
Todo mundo sabia o quanto ele tinha orgulho da família. Foi com Jeruza Marta, sua esposa por trinta e quatro anos, que Joselito compartilhou a vida e formou uma família.
Dono de uma loja de pisos antigos, deu o melhor que podia para os filhos, Taynara e Douglas.
Contava histórias, valorizava a família e distribuía sorrisos. "Meus filhos vão conhecer por mim o vovô apaixonante que ele era. O seu legado será eterno", conta a filha Taynara.
Joselito não guardava mágoas de ninguém e ajudava as pessoas, sem pensar duas vezes. Jogar futebol, todos os domingos, era uma das suas paixões . Ele também gostava de sair para pescar. Os seus filmes favoritos eram os de ação. A sua alegria contagiava a todos por onde ele passava.
Joselito nasceu em Ilhéus (BA) e faleceu de Duque de Caxias (RJ), aos 53 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido filha de Joselito, Taynara Viana. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Naiara Araújo, revisado por Cristina Magalhães e moderado por Rayane Urani em 31 de maio de 2020.