INUMERÁVEIS

Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.

Duque de Caxias (RJ)

Adilson Vicente Martins, 44 anos

Um paradoxo vivo: por fora, pura timidez; por dentro, pura força, coragem, carinho e amor pelos seus.

Allan Robert de Moraes, 27 anos

Forte, bonito e trabalhador, tinha um coração de menino.

Antônia Pereira da Silva, 74 anos

Com muita luta, conseguiu comprar sua palafita em uma das periferias de Duque de Caxias.

Antônio Reinaldo Bregunce, 68 anos

Cochilava em frente à TV, mas se tocasse um samba na telinha, do nada ele se levantava e saía sambando.

Aroldo Teixeira Fernandes, 63 anos

Da janela de seu apartamento, monitorava as capivaras e os jacarés da vizinhança.

Carlos Nunes, 81 anos

Homem honesto e amigo, características que o tornaram único.

Cecília Guimarães Mendes, 93 anos

Um brega na jukebox, uma cervejinha no copo e muita piada de duplo sentido para contar.

Claudenor de Brito Prazeres, 54 anos

O advogado que adorava praia, cerveja e samba.

Deuselina Dias Barbosa, 71 anos

Era uma mulher de Deus. Uma mulher que acreditava na força da oração.

Edsom Freitas da Paixão, 86 anos

"Glória a Deus por tudo!" Ele dizia sempre, até na hora de espirrar.

Elias Monte de Lima, 67 anos

Um amigo para todas as horas. "Com a saúde e a vida ninguém pode brincar”, foi tema de um dos seus últimos culto.

Emerson Bastos, 47 anos

Um homem de coração gigante e cheio de amor pela filha, pelos amigos, pela família e pelo Flamengo.

Erivaldo Henrique de Oliveira, 69 anos

Um herói que tinha o poder de sorrir para a vida em qualquer circunstância.

Espedito Lima Santos, 59 anos

Onde chegava ele fazia festa! Se tivesse uma cervejinha então, lá ele estava.

Flávia Lira Fonseca, 45 anos

Tudo pra ela era motivo pra comemorar. Fazer festa era a sua alegria.

Francisco Carlos Rangel Pereira, 67 anos

Era uma pessoa feliz que gostava muito de fazer festa com os amigos.

Georgete Moreira dos Santos, 64 anos

Vó Jó foi tão parceira, que fez questão de prestigiar toda uma saga de super-heróis no cinema, só para agradar os netos.

Gilcimar Gonçalves, 40 anos

O enfermeiro dedicado que contagiava, com a sua alegria, colegas de trabalho e pacientes.

Ideilton Bezerra dos Santos, 77 anos

"Sábado a gente faz. Deixa pra sábado!", ele dizia.

Iracema Silva de Sá, 62 anos

Iracema viu sonhos se tornarem realidade: viu seus três filhos criados e formados e se tornou avó.

Ivonete Alves ferreira, 73 anos

Ela gostava de guardar lembrancinhas de aniversários; quando não tinha, ela levava embora um guardanapo para relembrar o momento.

Jean Pierre Carvalho de Souza e Silva, 44 anos

Era colado com o irmão e dizia tê-lo superado como mecânico de carros.

João Gadelha da Costa Neto, 49 anos

Era o "boa-noite" do fim do expediente, acompanhado de um sorriso.

Joel Borba Lima, 60 anos

Amava a vida do interior, bem como cuidar dos seus cachorros, pássaros, galinhas, perus e porcos.

Jorléia da Silva Santos, 51 anos

A querida avó dos "pururuquinhas".

José Hilton Gonçalves Barbosa, 61 anos

Grande homem de um coração sem tamanho.

José Rodrigues de Pina, 72 anos

Mais de vinte anos após se aposentar, ainda recebia ligações dos amigos de trabalho.

Joselito Nascimento dos Santos, 53 anos

Um flamenguista que não dispensava um bom churrasco e uma cerveja gelada, com a família.

Julio da Cunha Venâncio, 38 anos

Adorava dizer se gabando: "Sou um cavalo sempre forte!"

Luciana Loureiro do Nascimento, 34 anos

Zelava por todos e se esmerava nos detalhes para sempre fazer o melhor.

Luiza Maria da Conceição de Almeida, 84 anos

Muito afetuosa com as pessoas à sua volta. Uma lutadora.

Magali Manoel Ribeiro, 66 anos

Dona Maga, a mãezona de todos, era sinônimo de alegria de viver.

Marcia Moreira Torres, 53 anos

Sempre gostou de costurar e, quando as netas nasceram, tornou-se a estilista particular de suas meninas.

Marcondes Portela dos Santos, 44 anos

Sonhador e realizador, sua arte chegou a vários lugares do mundo.

Margarida Mamoni dos Santos, 90 anos

Vivia no meio do seu pequeno jardim; tudo que ela tocava florescia.

Marlene Vinhal de Vasconcellos, 81 anos

Com agulha e linha cosia, com seu amor nos unia.

Mathias Leandro de Faria Bernardo Vieira de Sá, 3 meses anos

Sua breve existência foi vivida por sua mãe como um presente; e a oportunidade de aprender a ser fortaleza.

Maura Mendes Barros, 78 anos

Maura gostava de estar rodeada de gente.

Neilson Augusto Viana dos Santos, 37 anos

Flamenguista doente, era dono de um sorriso contagiante e um coração enorme.

Nilton de Lima, 79 anos

Tinha a leveza no ser e seguia a vida sorrindo.

Osmar Cardoso da Silva, 62 anos

Pai de coração enorme que trazia alegria e transformava o dia da família sempre para melhor.

Roberto da Silva Sant’anna, 73 anos

Gostava de passar horas jogando paciência e palavras cruzadas pelo celular.

Rodilma dos Santos Araújo, 59 anos

Dedicou-se ao que mais amava: salvar vidas.

Rodrigo Moreira Torres, 29 anos

Todo sábado, convidava a família para um churrasco, e ele era o único com permissão para comandar a churrasqueira.

Severina Antônia Gadelha, 88 anos

Orgulhava-se tanto de sua história que até os motoristas se tornavam ouvintes desta nordestina feita de amor.

Sônia Celencina Miranda de Andrade, 68 anos

Dizia que cozinhar era um ato de amor; e amor nunca faltou na vida dessa mãe leoa.

Valter Francesco Lo Bianco, 62 anos

Tinha o dom de fazer amigos, contar histórias e encantar as pessoas.

Vanessa Cristina Damião Rodrigues da Silva, 36 anos

Tinha o sonho em se formar em enfermagem para ajudar as pessoas.

Wagner Messias Rosa, 47 anos

Seu assobio era único e seu jeito descontraído uma marca, de longe já era identificado.

Wellington Francisco Antonio da Silva, 48 anos

Era um daqueles seres humanos que são gratos pelo simples fato de acordarem todos os dias.

não há quem goste de ser número
gente merece existir em prosa