Memorial dedicado à história
de cada uma das vítimas do
coronavírus no Brasil.
Um paradoxo vivo: por fora, pura timidez; por dentro, pura força, coragem, carinho e amor pelos seus.
Forte, bonito e trabalhador, tinha um coração de menino.
Com muita luta, conseguiu comprar sua palafita em uma das periferias de Duque de Caxias.
Cochilava em frente à TV, mas se tocasse um samba na telinha, do nada ele se levantava e saía sambando.
Da janela de seu apartamento, monitorava as capivaras e os jacarés da vizinhança.
Homem honesto e amigo, características que o tornaram único.
Um brega na jukebox, uma cervejinha no copo e muita piada de duplo sentido para contar.
O advogado que adorava praia, cerveja e samba.
Era uma mulher de Deus. Uma mulher que acreditava na força da oração.
"Glória a Deus por tudo!" Ele dizia sempre, até na hora de espirrar.
Um amigo para todas as horas. "Com a saúde e a vida ninguém pode brincar”, foi tema de um dos seus últimos culto.
Um homem de coração gigante e cheio de amor pela filha, pelos amigos, pela família e pelo Flamengo.
Um herói que tinha o poder de sorrir para a vida em qualquer circunstância.
Onde chegava ele fazia festa! Se tivesse uma cervejinha então, lá ele estava.
Tudo pra ela era motivo pra comemorar. Fazer festa era a sua alegria.
Era uma pessoa feliz que gostava muito de fazer festa com os amigos.
Vó Jó foi tão parceira, que fez questão de prestigiar toda uma saga de super-heróis no cinema, só para agradar os netos.
O enfermeiro dedicado que contagiava, com a sua alegria, colegas de trabalho e pacientes.
"Sábado a gente faz. Deixa pra sábado!", ele dizia.
Iracema viu sonhos se tornarem realidade: viu seus três filhos criados e formados e se tornou avó.
Ela gostava de guardar lembrancinhas de aniversários; quando não tinha, ela levava embora um guardanapo para relembrar o momento.
Era colado com o irmão e dizia tê-lo superado como mecânico de carros.
Era o "boa-noite" do fim do expediente, acompanhado de um sorriso.
Amava a vida do interior, bem como cuidar dos seus cachorros, pássaros, galinhas, perus e porcos.
A querida avó dos "pururuquinhas".
Grande homem de um coração sem tamanho.
Mais de vinte anos após se aposentar, ainda recebia ligações dos amigos de trabalho.
Um flamenguista que não dispensava um bom churrasco e uma cerveja gelada, com a família.
Adorava dizer se gabando: "Sou um cavalo sempre forte!"
Zelava por todos e se esmerava nos detalhes para sempre fazer o melhor.
Muito afetuosa com as pessoas à sua volta. Uma lutadora.
Dona Maga, a mãezona de todos, era sinônimo de alegria de viver.
Sempre gostou de costurar e, quando as netas nasceram, tornou-se a estilista particular de suas meninas.
Sonhador e realizador, sua arte chegou a vários lugares do mundo.
Vivia no meio do seu pequeno jardim; tudo que ela tocava florescia.
Com agulha e linha cosia, com seu amor nos unia.
Sua breve existência foi vivida por sua mãe como um presente; e a oportunidade de aprender a ser fortaleza.
Maura gostava de estar rodeada de gente.
Flamenguista doente, era dono de um sorriso contagiante e um coração enorme.
Tinha a leveza no ser e seguia a vida sorrindo.
Pai de coração enorme que trazia alegria e transformava o dia da família sempre para melhor.
Gostava de passar horas jogando paciência e palavras cruzadas pelo celular.
Dedicou-se ao que mais amava: salvar vidas.
Todo sábado, convidava a família para um churrasco, e ele era o único com permissão para comandar a churrasqueira.
Orgulhava-se tanto de sua história que até os motoristas se tornavam ouvintes desta nordestina feita de amor.
Dizia que cozinhar era um ato de amor; e amor nunca faltou na vida dessa mãe leoa.
Tinha o dom de fazer amigos, contar histórias e encantar as pessoas.
Tinha o sonho em se formar em enfermagem para ajudar as pessoas.
Seu assobio era único e seu jeito descontraído uma marca, de longe já era identificado.
Era um daqueles seres humanos que são gratos pelo simples fato de acordarem todos os dias.