1932 - 2020
A rotina lhe dava prazer, assim gostava de sempre comer as mesmas coisas e de assistir os mesmos programas.
Resiliência seria um ótimo sinônimo para Juliana, dada sua força para superar perdas e revezes da vida. As histórias que amava contar ficam como relíquias, como a de quando seu marido perdeu a dentadura e a aliança no mar das praias de Fortaleza. Também deixa a Bíblia de letras grandes que lia todos os dias, sempre no mesmo horário, ainda que com dificuldade por conta da visão prejudicada de um dos olhos.
Não dispensava um churrasco, mas sempre falava que a carne estava salgada demais. No lanche da tarde, o cuscuz não podia faltar. Finalizava comendo açúcar puro e dizia que era pra ajudar a aumentar a pressão.
Uma amante de um típico doce de leite goiano, de assistir sempre aos mesmos programas na TV, de caminhar pelo jardim e mexer em tudo, até no que não devia. Uma mulher forte, de opinião. Deixa saudade, suas lembranças e o exemplo de ser uma mulher fiel a Deus.
"Um até logo com muito amor, bisa - de seu filhos, netos e bisnetos."
Juliana nasceu em Goianápolis (GO) e faleceu em Anápolis (GO), aos 88 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela bisneta de Juliana, Kalyane Rodrigues dias. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Raphaela Medeiros, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 19 de novembro de 2021.