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Julio Cesar Braune Sarmento Pinheiro

1963 - 2020

Um "nerd" médico que era pai dedicado, amante de café e flamenguista doente

Julio se apresentava como “Julio sem acento”. O médico foi um filho exemplar, um irmão parceiríssimo, um marido atencioso e o melhor pai que uma pessoa poderia ter. Queria ver os filhos crescerem e lhe darem netos e bisnetos, a quem curtiria e mimaria como bem quisesse.

Como artista nato, um dos seus muitos talentos era desenhar. Conseguia copiar qualquer imagem só olhando. No exercício da Medicina era um profissional excelente. Trabalhava na rede pública de saúde da cidade de Paty do Alferes, no Estado do Rio de Janeiro. Não havia um paciente ou colega que não tivesse comentários positivos sobre ele. Sua fama era tanta que se estendia até a quem não o conhecia pessoalmente e a outros países.

Para ele, passar o tempo com a família era prioridade. Em segundo lugar o que mais gostava de fazer era assistir a filmes, que organizou em uma gigantesca coleção.

Foi um piadista de carteirinha, amigo certo das horas incertas, lembra o primo Fábio. "Como era bom estar ao seu lado. Ele esbanjava alegria."

Era flamenguista doente, como se diz. Apreciava o café e também comer de tudo um pouco, com exceção de chocolate, que curiosamente não fazia parte de suas preferências.

Foi uma pessoa de personalidade incrível, de bela risada e de tantas histórias que a filha Amanda conta ter sido impossível destacar uma específica. "TUDO nele era marcante."

Julio nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Paty do Alferes (RJ), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha e pelo primo de Julio, Amanda Brandão Pinheiro e Fábio Brandão da Costa. Este tributo foi apurado por Thyago Soares e Viviane França, editado por Vera Dias e Ticiana Werneck, revisado por Fernanda Ravagnani e Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 29 de junho de 2021.