Kleber Dias Barbosa

1969 - 2020

Líder comunitário que teve como lema de vida um mundo melhor para todos.

Kleber nasceu e viveu seus 50 anos na cidade de Salvador. Pessoa de coração gigante, foi um excelente pai, amigo e irmão. Filho zeloso, cuidou do pai até o final, chegando a dormir com ele no hospital quando isso se fez necessário.

Era uma pessoa engraçada e sorridente, amado pelas crianças e, quando estava em casa, ficava sempre rodeado pelos sobrinhos e filhos dos vizinhos. Gostava muito de estar com a família, e para que isso acontecesse com frequência, organizava encontros nos finais de semana.

Todos os aniversários eram motivos para festas, mas o seu, em especial, era comemorado pela comunidade, porque muita gente gostava dele.

Foi motorista rodoviário. Um excelente profissional que conquistava, com sua forma especial de ser, até os passageiros dos ônibus que conduzia.

Muito humano, gostava de ajudar o próximo. Não engrossou o grupo de pessoas que vivem só para si e para a própria família. Ao contrário, concebia a comunidade como uma família estendida e à qual se dedicava com afinco e, tão ardorosamente, que tirava do seu próprio salário para ajudar.

Era líder comunitário, mas parecia ser um político muito querido! Carregava dentro de si um enorme desprendimento fazendo o bem sem olhar a quem e, assim, socorria pessoas que não conhecia e cujo nome nem sabia.

Fora de seu horário de trabalho não parava para descansar e, de domingo a domingo, fazia trabalhos voluntários sonhando com um mundo melhor, sem desigualdades sociais, sem fome, sem miséria e com uma saúde digna para todos. Parecia ter nascido para isso!

Prezava o bom convívio e, como cidadão, buscava junto à prefeitura local o melhor para seu povo em termos de esporte, lazer, saúde, alimentação e melhorias das ruas do seu bairro.

A pandemia não o deteve e, mesmo em meio a ela, estava nas ruas para ajudar. Foi assim que contraiu a Covid-19, distribuindo alimentos para aqueles que precisavam.

Essa pessoa tão querida pela família, por aqueles que conviveram com ele no trabalho e pelas pessoas da comunidade, deixa um enorme vazio e grande reconhecimento por sua valorosa contribuição.

Fica, para quem com ele conviveu, a sensação de que viveu muito pouco, mas ainda assim, o seu exemplo de cidadania ficará para sempre registrado nos corações de todos.