1958 - 2020
Homem alegre e apaixonado por suas conquistas, cujo maior feito foi semear carinho e amor.
Apaixonado pelo que fazia, começou a trabalhar ainda muito jovem e, ao longo da vida, contribuiu imensamente para o jornalismo. Foi repórter, redator, editor, cronista esportivo, produtor editorial e escritor; tendo, inclusive, publicado livros de poesia e esporte. Foi idealizador do extinto tabloide esportivo “Agito da Galera”, distribuído no Maracanã, e do blog “EsporteAgito”. Em seus últimos 32 anos, teve como segundo lar a redação do “Monitor Mercantil”, local em que compartilhou lutas e vitórias com os colegas.
Muito querido, tinha grandes amigos desde a juventude. Alguns com quase 50 anos de amizade! Era um irmão carinhoso e zeloso com a irmã mais nova. Quando eram pequenos, ensinou-a andar de bicicleta, ver as horas, jogar futebol de botão e, quando jovens, a ler poesia e a gostar de escrever, sendo uma inspiração para que ela também fizesse jornalismo.
Era um pai muito amoroso e não poupou esforços para que nada faltasse às suas duas filhas. Filhas estas que, adultas, também não mediam esforços em retribuir, com muita paciência e carinho, a dedicação ao pai. Lauro “gostava muito de beijinhos e ficava todo satisfeito se assistissem a um filme no domingo à tarde com ele”, relembra Zuleica, sua irmã.
Sua família era seu maior tesouro e gostava bastante dos momentos que passavam juntos, razão pela qual introduziu o cachorro-quente às sextas-feiras e a pizza aos sábados. Além disso, todo almoço de domingo deveria ser em família, depois de ir à missa das 11h30. Sua esposa o considerava seu amigo mais próximo, às vezes seu filho mais velho, mas sempre, sua companhia de todas as horas. Para ela, Lauro era o seu Laurinho...
Apresentou às filhas o mundo dos esportes, coisa que gostava de acompanhar pela televisão. Tricolor apaixonado, mantinha em casa o escudo do Fluminense, time que tanto lhe alegrou e o fez sofrer. Possuía também hábitos simples, gostava de ver séries e escutar músicas.
Tinha em suas filhas as parceiras preferidas de viagem, pois adorava viajar e elas o levavam para conhecer novos lugares. Planejava, inclusive, ir a Portugal visitar sua irmã, ver o cunhado e os sobrinhos gêmeos, conhecer a casa deles e a cidade em que moravam, porém, infelizmente, não chegou a realizar.
Adorava também a sua sobrinha mais velha. Ela lhe deu seu primeiro sobrinho-neto! Para ela, seu tio poderia ser definido com uma palavra: sorriso. “Mesmo quando estava quieto, observando ao seu redor, ele estava realmente ali, presente de corpo e alma, com aquele sorriso de quem já entendeu tudo sobre a vida”, diz Zuleica.
Agradecido pela vida que teve, falecer não era um medo para ele, mas sim perecer. Se pudesse, agradeceria a todos os familiares, amigos e colegas que tanto lhe quiseram bem, oraram e ainda oram por ele. Hoje, já não pode ser mais visto, tocado, abraçado ou beijado como tanto gostava, mas deixa o seu maior bem e legado a todos: seu carinho eterno.
Lauro nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 61 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela irmã de Lauro, Zuleica M. Collares Freitas. Este tributo foi apurado por Carla Cruz, editado por Marcos Concórdia, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 18 de julho de 2020.