Lázaro Arquimedes Ursi

1943 - 2020

O politicamente pouco correto e muito engraçado, sempre se encontrava no centro das rodinhas mais animadas.

Esta é uma carta aberta da filha Suzana para seu pai, Lázaro:

O famoso bonitão bom de bola do bairro paulistano do Bom Retiro, de meados do século passado. Aluno de ouro do colégio Marechal Deodoro, que fez o coração de mamãe bater mais forte na mesma época. Um grande trabalhador, querido por todos na empresa onde trabalhou por anos. O popular do condomínio. Dono de um coração — já bem recauchutado — que não cabia no peito. Aquele que sempre foi meu grande exemplo em muitos aspectos e também um "não exemplo" em outros. Que fez tudo por mim, e que foi simplesmente o melhor vovô.

Antes dele partir consegui falar tudo que queria, declarar meu amor, conversar. O netinho pôde vê-lo, alguns poucos parentes queridos também. Fomos ao solário, ele viu balões no céu. Balões saídos de uma maternidade, localizada perto da clínica. A vida é assim, uns nascem, outros vão.

Vão e deixam muita saudade! Te amo muito, meu pai. Estamos sempre com você em nossos pensamentos e no nosso coração.

Eu, mamãe, seu neto e seu genro.